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  • “Se a ‘doença da moda’ não é a que mais mata em Portugal, porque é que foi a única que fez parar o país?” e “porque é que a doença respiratória que mais mata no país (uma pessoa a cada 90 minutos) tem uma vacina e essa vacina não é gratuita para todos?”, questiona o autor do post que está a ser partilhado no Facebook. As perguntas surgem no seguimento de uma notícia da CMTV que dá conta de que, entre 2019 e 2020, o número de vacinas pneumocócicas (vulgarmente denominada como vacina contra a pneumonia) vendidas mais do que duplicou. Segundo dados fornecidos pela Associação Nacional de Farmácias ao “Jornal de Notícias“, a 27 de outubro de 2021, o número de doses vendidas passou de 118.944 para 290.293 unidades. Vacina contra a pneumonia não é gratuita para todos? As pneumonias mais frequentes têm origem bacteriana e são causadas por um germe chamado streptococcus pneumoniae. “Nós temos duas vacinas contra essa bactéria, uma delas faz parte do Programa Nacional de Vacinação”, explica Tiago Alfaro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), em declarações ao Polígrafo. “Há alguns anos que as crianças em Portugal já que são quase todas vacinadas. Isso preveniu algumas infeções nas crianças, e inclusivamente nos adultos que convivem com elas”. A vacinação pneumocócica é gratuita para todas as crianças nascidas depois de 2015. A administração desta vacina é feita em três doses, sendo a primeira dada aos dois meses de idade. No entanto, os que nasceram antes deste ano não foram inoculados. “Como a maior parte dos adultos não foi vacinada na infância contra essa bactéria, está recomendado aos adultos com fatores de risco que façam também essa vacinação contra a pneumonia”, esclarece Tiago Alfaro. A Direção-Geral de Saúde emitiu, em 2015, uma norma onde é definido que a vacinação pneumocócica é gratuita para grupos considerados de risco e comparticipada para todos os que têm 65 ou mais anos. Esta norma foi atualizada este ano, de forma a alargar a gratuitidade da vacina – passando a incluir nos grupos de risco pessoas com insuficiência respiratória crónica e candidatos a transplante (a partir do momento que forem incluídos nas listas de espera) – e a aumentar para 69% a comparticipação do Estado na aquisição das vacinas. Segundo explica Rui Costa, membro do Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (GRESP), a vacina “23 valente custa para a população 9,92 euros e a [vacina] 13 valente 18,32 euros (para população que não tenha descontos adicionais). Se forem pensionistas com regime especial de comparticipação, o valor da 13 valente desce para 9,46 euros e o da 23 valente desce para 5,12 euros. Tiago Alfaro reconhece que o preço da vacinação pode atuar como “uma barreira”, mas espera que, com o aumento da comparticipação e o alargamento da gratuitidade, haja uma maior cobertura vacinal que permita “prevenir ainda mais pneumonias”. No entanto, se faz parte de um dos grupos de risco para esta doença, mas não está abrangido pela vacinação gratuita, saiba que existe ainda uma outra formas de se proteger: tomar vacina contra a gripe. Porquê? Porque “tomar a vacina da gripe previne a gripe, mas também a pneumonia” “Depois de uma gripe, as pessoas ficam fragilizadas e, muitas vezes, têm o que vulgarmente se diz ser uma gripe mal curada. Aquilo que muitas vezes as pessoas querem dizer é que têm uma infeção bacteriana que vem a seguir à gripe. Não é uma gripe mal curada, é a consequência de uma infeção vírica. O pulmão e o sistema respiratório ficam fragilizados nos dias a seguir à gripe e, muitas vezes, é aí que se evolui para a pneumonia bacteriana”, esclarece o médico. A vacina contra a gripe é gratuita para as pessoas com 65 ou mais anos, para grávidas e para pessoas que pertençam aos grupos considerados de risco. Além disso, também os profissionais de saúde, os bombeiros com atividade assistencial, guardas prisionais e reclusos e as pessoas residentes em instituições ou internadas em unidades do Serviço Nacional de Saúde. O vice-presidente da SPP deixa um apelo final: “Se alguém tem mais de 65 anos e quer estar protegido em termos de pneumonia, deve tomar a vacina contra a Covid-19 e os reforços que estão indicados, deve tomar a vacina contra a gripe e deve tomar a vacina da pneumonia.” Pneumonia mata mais do que a Covid-19? Na publicação é ainda colocada outra questão: “Se a ‘doença da moda’ não é a que mais mata em Portugal, porque é que foi a única que fez parar o país?” Segundo dados divulgados pelo Observatório Nacional das Doenças Respiratórias referentes a 2019, a pneumonia foi a doença respiratória não-Covid-19 que causou mais mortes em Portugal – de sublinhar que o primeiro caso oficialmente de infeção por SARS-CoV-2 foi identificado em março de 2020. Durante o ano de 2019 morreram 5.799 pessoas devido a pneumonia, o que corresponde a uma média diária de 16 óbitos. Por outro lado, o novo coronavírus matou, até 31 de dezembro de 2020, 6.906 pessoas e, entre 1 de janeiro e 16 de dezembro de 2021, 11.811 pessoas. Se analisarmos o ano corrente, os óbitos por Covid-19 representam mais do dobro dos por pneumonia. Em 2019, 13.305 pessoas perderam a vida devido a doenças respiratórias – nas quais se inclui também o cancro do pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) –, o que corresponde a uma média de 36 óbitos por dia. ___________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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