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| - De facto, no dia 12 de junho de 2016, segundo relatou a agência Lusa, “o primeiro-ministro fez ‘um balanço francamente positivo’ das celebrações do Dia de Portugal em Paris e destacou o compromisso do presidente francês [na altura, François Hollande] sobre o ensino do português, considerando que é uma oportunidade para muitos professores“.
“Em declarações aos jornalistas, antes de regressar a Lisboa, António Costa referiu que em breve serão marcadas ‘as reuniões do grupo técnico que existe entre Portugal e França para o alargamento da presença do português’ como língua de aprendizagem nas escolas francesas. ‘Isto é obviamente muito importante para a difusão da nossa língua. É também uma oportunidade de trabalho para muitos professores de português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e que podem encontrar aqui, mas é também um grande desafio para a nossa tecnologia e para a capacidade de fomentar o ensino à distância’, considerou”.
Ou seja, a afirmação de André Ventura é correta e verdadeira. Em junho de 2016, durante uma visita oficial a Paris, Costa referiu-se mesmo a “uma oportunidade de trabalho para muitos professores de português que, por via das alterações demográficas, hoje não têm trabalho em Portugal e que podem encontrar aqui”.
Aliás, dois dias depois de ter proferido essa declaração, perante a controvérsia gerada, por entre comparações relativamente a uma declaração similar de Passos Coelho em 2011, Costa publicou uma mensagem na rede social Twitter a refutar essa comparação, garantindo: “A estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa, pois não? Pois… Eu também não apelei à emigração!”
Importa salientar que entre as declarações de Passos Coelho (2011) e Costa (2016), incidindo sobre os professores “sem colocação” ou “ocupação“, a única diferença substancial é que o primeiro sugeriu “o mercado de língua portuguesa” como “uma alternativa“, enquanto o segundo apontou para França como “uma oportunidade“.
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