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| - Durante a governação de Lula da Silva e Dilma Rousseff, o Brasil financiou, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), a ampliação e modernização do porto de Mariel, em Cuba. A empreitada foi realizada pela empresa brasileira Odebrecht, no centro de vários processos de corrupção que abalaram as esferas política e empresarial do Brasil nos últimos anos.
No total, o financiamento do BNDES chegou a 2,3 mil milhões de reais. Os governantes brasileiros salientaram que esse investimento no porto cubano de Mariel iria abrir oportunidades para empresas brasileiras.
É neste contexto que surge entretanto uma publicação viral nas redes sociais, denunciando que “Cuba passou a perna e revendeu porto feito com dinheiro do povo brasileiro para EUA e Rússia“.
Verdade ou falsidade?
“O porto de Mariel não foi vendido nem para os Estados Unidos da América (EUA), nem para a Rússia. A estrutura, inaugurada em janeiro de 2014, continua a ser propriedade do Estado cubano. No passado, o interesse dos russos no porto chegou a ser especulado, especialmente após o cancelamento de 90% da dívida cubana com Moscovo – decisão tomada em 2014. Entretanto, isso nunca se concretizou“, informa a Agência Lupa, plataforma brasileira de fact-checking.
“Entre 2009 e 2013, o BNDES financiou cinco projetos de engenharia da Odebrecht para as obras na região, somando um total de 682 milhões de dólares. O porto está na Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, com regras diferentes do resto do país para a instalação de empresas. Há 16 empresas operando no local e outras 23 com planos de investimento já aprovados”, acrescenta.
A publicação em análise surgiu primeiramente em julho de 2014, mas voltou a circular nas redes sociais ao longo últimos dias. “As informações foram parcialmente copiadas da ‘Coluna Esplanada’. O texto, porém, não diz que o porto foi revendido, como afirma o título, mas sim que Vladimir Putin, presidente da Rússia, teria dito ao então presidente de Cuba, Raúl Castro, que tinha interesse no terminal”, conclui a Agência Lupa.
Avaliação do Polígrafo:
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