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  • O que andam espalhando: vídeo mostra uma grande quantidade de água invadindo o quintal de uma casa. Uma legenda diz que a gravação teria sido feita durante as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul O Estadão Verifica investigou e concluiu que: o vídeo está fora de contexto. Ele foi gravado por câmeras de segurança em uma casa de Anápolis, Goiás, em 2021. Algumas postagens compartilham o vídeo juntamente com mensagens que acusam o ”desgoverno” de abrir “criminosamente” as comportas de barragens. O Estadão Verifica já mostrou que esse boato se baseia em vídeos antigos e descontextualizados. À época, as autoridades explicaram que as barragens citadas não tinham comportas capazes de reter o nível da água. Saiba mais: ao buscar pelas palavras-chave “video homem enxurrada quintal casa”, foi possível encontrar o vídeo publicado em 2021. O jornal goiano O Popular publicou que o homem mostrado nas imagens é Rômulo do Carmo. Ele fugiu de ser atingido pela enxurrada em sua casa em Anápolis, a cerca de 55km de Goiânia. Segundo o portal g1, ele percebeu que a água da chuva estava se acumulando em uma obra no terreno vizinho à sua casa. Quando se deu conta do que estava acontecendo, chamou a mulher para se protegerem e ligou para o responsável pela obra. Postagens conspiracionistas espalham desinformação sobre barragens Algumas postagens analisadas utilizam a gravação goiana para espalhar desinformação sobre a causa da tragédia no Rio Grande do Sul. Um post no Facebook questiona se “3 dias de chuva fariam isso” ou se haveria ”muitas barragens estourando”. Diz ainda que as barragens “foram abertas simultaneamente e criminosamente por ordem deste DESgoverno de psicopatas comunistas”. Essa suposição não tem nenhum embasamento. O Estadão Verifica checou postagens que mostram um vídeo do jornalista Alexandre Garcia alertando sobre a possibilidade de abertura de comportas no Estado. No entanto, o vídeo é do ano passado. Na ocasião, as autoridades explicaram que as barragens citadas pelo jornalista não possuem capacidade de reter água -- o excedente no volume passa por cima da barragem. As nuvens de chuva ficaram estacionadas sobre o território do Rio Grande do Sul por causa de uma massa de ar seco e quente que se estabeleceu no Centro do Brasil. As chuvas caíram em regiões de nascentes de rios importantes do Estado, o que propiciou o seu transbordamento. Perfis negacionistas nas redes sociais têm compartilhado diferentes teorias conspiratórias para rejeitar os efeitos das mudanças climáticas na tragédia ambiental no Rio Grande do Sul. Mas especialistas confirmam a relação de alguns dos eventos extremos recentes com o aquecimento do planeta. A AFP também checou este conteúdo (leia aqui).
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