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| - É um dos pontos altos da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos: o momento em que um atleta se dirige ao ponto central do estádio e acende, com uma chama menor, a tocha olímpica. Este símbolo passa de mão para mão, após ser transportado entre cidades até ao início oficial desta festa do desporto. No entanto, esta tradição é muitas vezes associada ao regime da Alemanha nazi, alegando-se que seria até uma forma de propaganda nazi. Confirma-se?
Ainda que os Jogos Olímpicos tenham nascido na Grécia, com as primeiras edições a remeterem ao século VIII a.C., não há registos de que, nessa altura, existisse uma tocha olímpica. A primeira edição a contar com a chama foi a dos Jogos Olímpicos de Amesterdão, em 1928, quando um grande caldeirão, localizado no cimo do estádio, foi aceso.
Duas edições depois, em Berlim, foi realizada a primeira passagem da tocha olímpica, num evento que passou de simbólico a grandioso. Carl Diem é considerado o autor da ideia, mas todo o espetáculo terá sido desenhado por Joseph Goebbles, ministro da propaganda do regime nazi, já completamente estabelecido na Alemanha. A ideia seria mostrar a imagem de um país forte e de uma raça que tinha de ser celebrada.
De acordo com informação divulgada pelo Holocaust Memorial Museum, nos Estados Unidos da América, “a Alemanha promoveu habilmente as Olimpíadas”, estabelecendo “uma ligação entre a Alemanha nazi e a antiga Grécia. (…) Estes retratos simbolizavam o mito racial nazi de que a civilização superior alemã era a herdeira legítima de uma cultura ‘ariana’ da antiguidade clássica”.
Aliás, o atleta escolhido para acender a tocha não podia mostrar mais as intenções do regime. Foi Fritz Schilgen, um maratonista novo, louro, de olhos azuis, que entrou num estádio olímpico decorado com suásticas e crianças a fazerem a saudação nazi.
Concluindo, verifica-se que a passagem da tocha olímpica foi criada aquando da organização do evento em 1936, altura em que Adolf Hitler já era líder da Alemanha e estava já estabelecido o regime nazi. E terá sido, segundo documentação oficial, um veículo de propaganda não só do país, mas do ideal ariano defendido pelo regime.
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Avaliação do Polígrafo:
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