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| - O título é tentador: “O futebolista Luís Figo investiu 6 milhões de euros numa empresa nova que pode fazer com que fique rico (se nasceu entre os anos 1950 e 1990)!”
O subtítulo também é promissor: “Se nasceu entre 1950 e 1990, então hoje será garantidamente o melhor dia da sua vida.”
Logo a seguir, surge um texto, alegadamente publicado no jornal “Público”, em que o ex-jogador do Real Madrid e da seleção nacional – que depois de arrumar as botas se tornou num empresário de sucesso – disserta sobre as virtualidades do investimento em criptomoedas: “Estamos a viver momentos económicos difíceis e esta é a solução pela qual as pessoas ansiavam”, pode ler-se na notícia, que cita uma entrevista de Luís Figo à conhecida revista “Forbes”.
Mais abaixo na peça, segue-se o apelo à adesão ao “projecto”: cada interessado – que, como se referia no título, deverá ter entre 29 e 69 anos – terá de depositar numa determinada conta a quantia de 220 euros, com a promessa de lucro quase imediato. Mas o investimento tem de ser realizado naquele instante, uma vez que se trata de uma “última oportunidade”: o número de vagas é limitado e a oferta vai expirar em breve, sublinha-se.
Tudo isto seria muito bonito se não fosse totalmente falso. Trata-se de uma réplica de um esquema que o Polígrafo já verificou – só que na altura o protagonista para dar credibilidade ao logro foi Mário Centeno, ministro das Finanças.
O layout do “Público” é utilizado de forma abusiva, uma vez que o jornal nunca publicou este conteúdo. A fotografia da jornalista que acompanha o texto é real – trata-se de uma das repórteres mais destacadas daquela publicação – mas o nome que a identifica é falso.
Mais: Luís Figo nunca deu a entrevista em questão à Forbes. Do mesmo modo, também não há registos do jogador a defender publicamente o investimento em criptomoedas.
Trata-se, em suma, de um esquema fraudulento, criado para extorquir dinheiro e dados pessoais a pessoas em busca de lucro fácil e imediato.
Avaliação do Polígrafo:
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