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| - “Espero que não se ofendam com este meu comentário! Banco Alimentar Contra a Fome é a vergonha do Governo português! 400.000 famílias dependem do Banco Alimentar Contra a Fome, que vergonha! Vêm informar que o país vai crescer 4% e viram as costas à miséria interna! É vergonhosa a política, se assim se pode classificar, deste Governo”, critica-se em publicação de 1 de dezembro no Facebook.
“Amigos, padrinhos, conhecidos, esses estão todos bem, sem necessitarem do Banco Alimentar Contra a Fome”, acrescenta-se.
Há “400 mil famílias” em Portugal que “dependem do Banco Alimentar Contra a Fome”?
De acordo com informação divulgada na página da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, no último fim-de-semana foram recolhidos “mais de 2.086 toneladas de géneros alimentares, na campanha realizada em 2.000 superfícies comerciais de 21 regiões do país, um acréscimo de cerca de 24% em relação à campanha homóloga no ano passado”.
A campanha foi realizada por “40 mil voluntários dos 21 Bancos Alimentares (Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Terceira, Viana do Castelo e Viseu)”.
“Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos a partir da próxima semana a 2.600 Instituições de Solidariedade Social, que os entregam a cerca de 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas”, destaca-se.
Contactada pelo Polígrafo, a residente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet, confirma que são cerca de 400 mil pessoas e não “400 mil famílias”.
“Em 2019 tínhamos cerca de 380 mil pessoas, com a pandemia esse número aumentou”, sublinha Jonet, ressalvando que o número atual será “ligeiramente maior do que 400 mil pessoas, mas não será muito diferente”.
De resto, Jonet explica que a ajuda dos Bancos Alimentares assegura “uma parte da alimentação destas pessoas“, não incluindo alimentos como “carne ou peixe, por serem bens que normalmente não são doados“.
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Avaliação do Polígrafo:
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