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  • Post pró-governo oculta perda de poder de compra de gasolina desde 2020 Um post feito pelo empresário Luciano Hang no Instagram esconde a queda no poder de compra da gasolina nos últimos dois anos ao comparar diretamente valores do salário mínimo e do preço do combustível em 2006, no governo Lula (PT), e neste ano, na administração de Jair Bolsonaro (PL). A comparação também acaba ocultando que a melhor relação de poder de compra da gasolina desde 2003, quando o petista iniciou seu primeiro mandato, ocorreu no governo Bolsonaro. "Veja a diferença no poder de compra na época da esquerda e os dias atuais. Abre o olho, pessoal", diz o post de Hang, apoiador de Bolsonaro, feito no dia 11 de março — um dia depois de a Petrobras anunciar um aumento de 18,77% no preço da gasolina nas distribuidoras. A imagem publicada junto com o texto diz que em 2006 o salário mínimo garantia a compra de 120 litros de gasolina. Agora, esse montante seria maior, de 150 litros. A comparação feita desta forma torna o post distorcido, pois trata de forma enganosa dados que são em linhas gerais verdadeiros, mas omite o contexto mais amplo das informações apresentadas. No caso específico, o post não retrata o que aconteceu com o valor da gasolina frente ao salário mínimo nos últimos anos. O UOL Confere chegou a esta conclusão após elaborar uma série histórica iniciada em janeiro de 2003, quando começou o governo Lula, até fevereiro deste ano, a partir dos preços médios do litro da gasolina levantados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) e de dados de salário mínimo oriundos do Ministério da Economia e reunidos pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A ANP e o Ipea são vinculados ao governo federal. Histórico da relação gasolina x salário Em janeiro de 2003, o salário mínimo de R$ 200 comprava 92,59 litros de gasolina a R$ 2,16. Em janeiro de 2006, data citada por Hang em seu post, essa relação era de 119,74 litros — valor praticamente idêntico aos 120 litros mencionados pelo empresário no Instagram — com o salário mínimo a R$ 300 e a gasolina a R$ 2,511. O post não explica, no entanto, o que ocorreu com a relação entre gasolina e salário mínimo de janeiro de 2006 até agora. Até o começo do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), em 2015, o poder de compra foi crescendo, com poucos intervalos de queda. Chegou a 259,8 litros em janeiro de 2015. Depois, houve queda para 216 litros em dezembro de 2015, ainda no governo Dilma; uma retomada da alta até o pico de 264 litros em junho de 2017, no governo de Michel Temer (MDB); e nova sequência de quedas até novembro de 2018, também sob Temer, até chegar a 207,8 litros. Desta data em diante, o poder de compra de gasolina frente ao salário mínimo voltou a crescer, chegando ao valor máximo da série histórica em maio de 2020, no governo Bolsonaro: 273,3 litros. Perda do poder de compra No entanto, daí em diante, houve sucessivas quedas até outubro de 2021, quando a relação gasolina x salário mínimo chegou a 163,1 litros — patamar semelhante ao de mais de uma década antes, em 2008, no segundo mandato de Lula. Ao falar da situação atual, Hang até usou um valor para o litro da gasolina (R$ 8,00) que foi registrado em algumas regiões do Brasil, mas estava acima do preço médio registrado pela ANP na segunda semana de março (R$ 6,683), quando o post foi feito. O empresário publicou que o poder de compra atual seria de 150 litros de gasolina com o salário mínimo de R$ 1.212. Se Hang usasse o valor divulgado pela ANP, o poder de compra seria até superior ao citado na publicação: 181 litros. O último dado mensal consolidado pela ANP, de fevereiro deste ano, mostrava o preço médio do litro da gasolina comum a R$ 6,60, o que permitiria a compra de 183,6 litros do combustível com o atual salário mínimo. No entanto, após o aumento no preço da gasolina feito pela Petrobras, este poder de compra sofreu nova queda. Nesta semana, segundo o levantamento semanal da ANP, o preço médio do combustível no Brasil ficou em R$ 7,267 — derrubando o poder de compra do salário mínimo para 166,7 litros. A perda de poder de compra desde meados de 2020 veio no rastro da crise econômica decorrente da pandemia de covid-19, da desvalorização do real frente ao dólar e da alta nos preços do petróleo nos últimos dois anos. Mais recentemente, os combustíveis dispararam após o início da guerra entre Ucrânia e Rússia. Em 2016, no governo Temer, a Petrobras passou a seguir os preços internacionais de petróleo, cotados em dólar. Com isso, quando o real se desvaloriza frente à moeda americana, como aconteceu em 2020 e 2021, isso também encarece o preço de combustíveis por aqui. Mesmo assim, sob o critério da paridade com os preços internacionais, os valores dos combustíveis no Brasil ainda estavam defasados em 25% no começo de março, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Petróleo). Em uma tentativa de mitigar o impacto de altas nos preços de combustíveis, o Congresso aprovou e Bolsonaro sancionou um projeto de lei que cria um valor fixo para o ICMS que incide sobre este tipo de produto. No entanto, na prática, a mudança pode fazer os preços subirem em nove estados e no Distrito Federal. ID: {{comments.info.id}} URL: {{comments.info.url}} Ocorreu um erro ao carregar os comentários. Por favor, tente novamente mais tarde. {{comments.total}} Comentário {{comments.total}} Comentários Seja o primeiro a comentar Essa discussão está encerrada Não é possivel enviar novos comentários. Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar. Só assinantes do UOL podem comentar Ainda não é assinante? Assine já. 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