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| - “Os esquemas de algumas bombas de gasolina… As margens deles são tão mínimas que se não fizerem isto até têm prejuízo”, comenta-se numa das partilhas mais virais de um clip de vídeo que está a “incendiar” (desta vez não escapamos ao chavão) as redes sociais.
Nas imagens assistimos a uma ruidosa altercação entre um cliente (a filmar a cena com o telemóvel) e uma funcionária de um posto de abastecimento da BP. O cliente alega que pagou 29,24 euros por 15 litros de combustível, tal como indica no visor da bomba de gasolina, ao mesmo tempo que mostra um jerricã com esse combustível que, afinal, não vai além do traço de 14 litros.
A publicação em causa divulga um vídeo de uma altercação entre um cliente e uma funcionária num posto de abastecimento da BP. No vídeo, o cliente mostra ter pagado 29,24 euros por 15 litros de combustível – ao exibir os valores apresentados na máquina – e revolta-se com a funcionária pelo jerrican apenas apresentar pouco mais de 14 litros.
A justificação dada para o litro em falta é “o bidão que eles dizem que faz barriga“, ouve-se dizer no vídeo.
O Polígrafo questionou a empresa BP sobre esta denúncia, a qual indicou que a situação ocorreu no posto de abastecimento de Lourel Oeste (Poente), em Sintra.
Na resposta ao Polígrafo, “a BP esclarece que as acusações feitas no vídeo que circula nas redes sociais não têm qualquer fundamento e que, por essa razão, irão ser espoletados os competentes meios judiciais. A bomba de combustível indicada no vídeo encontra-se devidamente aferida, cumprindo todos os requisitos legais“.
Mais, “os equipamentos da BP são objeto de verificações detalhadas e regulares, realizadas por entidades homologadas, de acordo com a legislação em vigor. No caso das bombas (medidoras e mangueiras), as mesmas são alvo de um controlo metrológico realizado por entidades oficiais (neste caso o IPQ – Instituto Português da Qualidade). Ainda assim, foi pedida no mesmo dia uma vistoria técnica ao equipamento, realizada por uma entidade independente e certificada (instalador reparador qualificado pelo IPQ), que confirmou que tudo estava em normal funcionamento. A vistoria consistiu, entre outros testes, na verificação das quantidades abastecidas para um recipiente homologado e calibrado pelo IPQ”.
Quanto ao facto de o jerricã não apresentar os 15 litros como deveria, a BP justifica que “o recipiente utilizado pelo cliente no referido vídeo não possui as características necessárias para poder ser utilizado como medida padrão de forma fiável (como os que são utilizados nas aferições oficiais e foi utilizado na vistoria técnica da entidade independente), induzindo, assim, uma observação errónea“.
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Avaliação do Polígrafo:
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