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  • A informação começou a circular em inglês. Depois espalhou-se pelo Facebook em alemão, italiano e português. A publicação viral afirma que Reed Hastings “enfrenta 11 acusações” após ter sido detido por posse de pornografia infantil. Como provas, diz o post, haveria “encontros enviados para o Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Abusadas” e estariam “identificadas 279 vítimas registradas nos registros de serviço…” [sic] A notícia é falsa, não há nada que comprove o envolvimento do co-fundador e co-CEO da Netflix (cargo que partilha com Ted Sarandos) num caso deste género. As primeiras partilhas, feitas em inglês, identificaram a fonte da história como sendo o “Toronto Today”, um site que se descreve como uma “agência noticiosa que conta a verdade”. “99% dos jornalistas escrevem notícias falsas. Nós fazemos parte do 1%…” diz também um post que pode ser lido na respetiva página do Facebook. Foi no “Toronto Today” que, a 12 de setembro, foi publicado um artigo cujo título era “CEO da Netflix é apanhado com 13 mil ficheiros de pornografia infantil”. A notícia foi entretanto apagada mas a versão de arquivo continua disponível. No relato das alegadas buscas à casa de Reed Hastings são mencionadas 11 acusações que o empresário teria pela frente, assim como 279 ficheiros correspondentes a “vítimas infantis identificadas”. Com estes dados, a plataforma de fact check da agência AFP fez uma pesquisa e encontrou notícias da detenção de um homem no estado do Utah, em maio de 2019, exatamente com as mesmas características desta história. O suspeito era identificado como CEO de uma empresa informática. O “Toronto Today” pegou no caso e mudou o protagonista, substituindo Douglas Saltsman por Reed Hastings. Há, inclusive, frases retiradas de um artigo da KUTV e reproduzidas no texto que noticia a suposta detenção do CEO da Netflix. Por exemplo, a frase “a polícia também encontrou ‘vídeos perturbadores de Douglas Saltsman em atos sexuais com várias mulheres inconscientes’” passou a surgir com a versão “a polícia também encontrou ‘vídeos perturbadores de Reed Hastings em atos sexuais forçados com várias mulheres inconscientes’”. O “Toronto Today” refere duas entidades envolvidas no caso de Hastings, a ICAC (Internet Crimes Against Children Task Force) e a NCMEC (National Center for Missing and Exploited Children). À AFP, Brandon Pursell, responsável pela ICAC na região central da Califórnia, garantiu que a sua unidade “não deteve” Reed Hastings. O FBI não quis prestar declarações — tal como a Netflix — mas também não emitiu nenhum comunicado sobre a alegada detenção, como fez, por exemplo, no mediático caso de Joseph Sullivan, o antigo chefe de segurança da Uber envolvido num esquema de violação de dados de milhares de utilizadores. O artigo do “Toronto Today” termina dizendo que a prisão de Reed Hastings aconteceu após a estreia de “Cuties” na Netflix, “considerado por muitos como sendo a própria forma [do serviço de streaming] de pornografia infantil”. Não está confirmado que este tenha sido o pretexto para a criação da publicação falsa que se tornou viral, mas a verdade é que o filme francês, chamado “Mignonnes: Primeiros Passos” em Portugal, desencadeou inúmeras críticas por sexualizar as protagonistas, que são crianças. Começou até a circular a hashtag #CancelNetflix, apelando ao boicote da plataforma. Conclusão Não há qualquer registo da detenção de Reed Hastings ou de acusações por posse de pornografia infantil pendentes contra ele. O site “Toronto Today” recuperou uma história passada no estado do Utah, onde foi preso o CEO de uma empresa local por esses mesmos crimes, e mudou o nome do protagonista, mantendo praticamente todos os restantes detalhes da notícia original. Uma das entidades alegadamente envolvidas nas buscas negou ter detido o CEO da Netflix. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é: Errado No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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