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  • Sem qualquer fonte ou indicação de recolha de dados, a publicação em causa atira Portugal para uma posição pior do que há uma década em termos de poder de compra, atribuindo a culpas ao socialismo. “Claro, sobem os ordenados, sobe tudo. A vida é mesmo isso, não podemos esquecer que o país vive de pequenas empresas baixos custos, margens pequenas, trabalhamos muito com o economia interna, é o país que temos”; “Se retirassem metade dos impostos no combustível, os preços viriam a baixar. É uma questão de boa vontade”, lê-se na caixa de comentários da publicação em causa, onde se afirma ainda que “o xuxalismo mata”. Mas como está Portugal em termos de poder de compra? E como estava há 10 anos? Quando falamos em poder de compra referimo-nos à capacidade de aquisição/consumo de bens, que é por sua vez expressa em Paridades de Poder de Compra (PPC). De acordo com o Eurostat, o indicador mais apropriado para refletir o bem-estar das famílias é a Despesa de Consumo Individual per capita (DCIpc), mas é também utilizado para estas estatísticas o Produto Interno Bruto per capita (PIBpc), ambos expressos em Paridades de Poder de Compra. É, no entanto, no PIBpc, um indicador de atividade económica, que encontramos sustentação para o que é afirmado na publicação em causa. Aliás, a frase que consta da imagem divulgada diz respeito a um título de um artigo de 16 de dezembro de 2020, do Diário de Notícias. Como se pode verificar logo no primeiro parágrafo do artigo em causa, os dados utilizados dizem respeito a 2019 e a 2009: “É uma década perdida em termos de paridade de poder de compra dos portugueses, face à média dos pares da União Europeia (UE). O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, expresso em paridades de poder de compra, fixou-se em 79,2% da média da UE em 2019. Corresponde a uma ligeira melhoria face a 2018, mas está aquém do valor registado em 2009, de 83,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (15 de dezembro) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)”. Assim, é verdade que, em 2019, o poder de compra dos portugueses (medido pelo PIB per capita expresso em PPC) estava pior do que há 10 anos. Mas será que essa tendência continuou a verificar-se em 2020? Segundo dados atualizados do Eurostat, o valor do PIBpc expresso em PPC em Portugal desceu de 79% em 2019 para 77% da média da UE27 em 2020, sendo assim o quarto mais baixo da zona Euro. Já no que respeita ao valor das DCIpc expresso em PPC em Portugal, verificou-se uma descida de 86% em 2019 para 85% da média comunitária em 2020, o sétimo mais baixo da Zona Euro. Esta tendência foi contrária à verificada nos anos anteriores. Em 2019, por exemplo, o PIBpc expresso em PPC em Portugal aumentou 0,9 pontos percentuais relativamente a 2018, de 78,3% para 79,2%. “Em termos nominais, o PIBpc de Portugal em 2019 apresentou um crescimento de 4,0%, determinado pelo aumento nominal do PIB (4,0%) visto que a população se manteve praticamente inalterada”, destaca ainda o INE. Relativamente à Despesa de Consumo Individual per capita em Portugal, medida em PPS, em 2019 esta fixou-se em 86,2% da média da UE27, mais 1,1 pontos percentuais em relação a 2018 (85,1%). Significa isto que 2020 foi um ano de quebra, tendo a DCIpc voltado a situar-se nos 85%. Recuando até 2010 (dados divulgados no relatório de 2011), verifica-se que o PIBpc em Portugal, expresso em PPC, era de 80,3% da média da UE, enquanto que que o DCIpc era de 84.1% da média da UE. Comparando estes dados com os relativos a 2020, é de notar que Portugal se manteve abaixo dos valores registados há 10 anos apenas no PIBpc expresso em PPC (80,3% em 2010 e 77% em 2020). No que respeita à despesa de consumo individual per capita, o país conseguiu, com sucessivas subidas e descidas, manter-se acima dos valores de 201o (84,1% em 2010 e 85% em 2020). Em suma, é verdade que o poder de compra dos portugueses, analisando o PIB per capita expresso em paridades de poder de compra, “está pior do que há 10 anos”. Mesmo em 2020. Ainda assim, outros indicadores colocam Portugal numa posição de avanço relativamente a 2010, nomeadamente o Consumo per capita, que aumentou 0,9 pontos percentuais. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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