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| - Mais de 60 mil estupros ocorreram em 2017. Infelizmente, Dr. Rosinha está certo
Relatório do Fórum de Segurança Pública aponta um aumento de mais de 10 mil casos em comparação ao ano anterior.
Direitos Humanos Segurança Pública Violência contra a mulher
“No Brasil, ano passado, de acordo com o Fórum de Segurança Pública, foram 60 mil mulheres estupradas”, afirmou o candidato do PT, Doutor Rosinha, durante debate no jornal “Gazeta do Povo”.
Desde o início da série histórica apurada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 2017 foi o ano que o país mais registrou casos de estupro. Foram 60.018 ocorrências reportadas, a pior marca dos últimos oito anos. Portanto, a afirmação do Doutor Rosinha (PT) foi classificada como verdadeira. No Paraná, com 4.952 casos ano passado, essa realidade brutal também foi recorde.
Esses números constam no mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, conforme apurou o Truco nos Estados – o projeto de fact-checking da Agência Pública feito no Paraná em parceria com o Livre.jor. A escalada do número de casos de estupro começou em 2016, quando a curva descendente registrada no triênio anterior virou. Neste ano os casos subiram de 45,4 mil para 49,4 mil – mas o assustador foi o pulo, na contagem seguinte, para a marca de 60 mil estupros.
Os 4.952 casos registrados em 2017 no Paraná significaram um aumento de 9,5% em comparação ao ano anterior, quando foram denunciados 4.493 estupros. O FBSP também coleta dados de denúncias de tentativa de estupro: foram 427 em 2017 no Paraná, uma marca 11,5% menor que a do ano anterior, 479.
Segundo o relatório mais recente do Cadastro Nacional de Presos, compilado pelo Conselho Nacional de Justiça, 3,34% da população privada de liberdade no Brasil está nesta condição por ter cometido crime de estupro. Ou seja, dos 602 mil indivíduos apenados, aproximadamente 20 mil estupradores.
Violência contra a mulher – No relatório de 2017, além dos casos de estupro, o FBSP registrou ainda 1,1 mil casos de feminicídio, 221 mil registros de violência doméstica – cerca de 600 casos por dia – e 4,5 mil mortes de mulheres no Brasil.
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