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| - Na sua primeria conferência de imprensa, João Galamba tinha referido a sequência dos acontecimentos desta forma: “Eu não estava no Ministério quando aconteceu a agressão [quando Frederico Pinheiro foi ao Ministério buscar o portátil]. Liguei ao Primeiro-Ministro, que estava a conduzir e não atendeu, liguei ao secretário de Estado adjunto do Primeiro-Ministro e disse que eu devia falar com o Ministério da Justiça, coisa que fiz, e disseram-me que o meu gabinete devia comunicar esses factos àquelas duas entidades [SIS e PJ].”
Na passada quinta-feira, porém, o ministro das Infraestruturas revelou que o seu primeiro contacto, na noite de 26 de abril, foi o ministro da Administração Interna, a quem pediu para falar “com muita urgência com a PSP” sobre as “agressões e roubo de um computador” no ministério.
Na fita dos acontecimentos, a história contava-se assim: às 20h40 Galamba ligou ao ex-adjunto Frederico Pinheiro para lhe dar conta da sua exoneração; às 21h10, Galamba ligava ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, com quem terá estabelecido duas chamadas de 30 segundos. Três minutos depois ligou para a chefe de gabinete, Eugénia Correia; já às 21h30, João Galamba telefonou novamente para a chefe de gabinete; às 21h52 ligou para o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes; e às 22h53 ligou para a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
Em nenhum momento da CPI de quinta-feira foi mencionado o contacto com Mariana Vieira da Silva que, de resto, já a 12 de maio tinha dito ao jornal “Expresso”: “O gabinete do ministro das Infraestruturas deu o alerta às autoridades, e as autoridades agiram em conformidade. (…) A ministra da Presidência tomou conhecimento dos factos a posteriori, não tendo dado qualquer orientação ao SIS ou a qualquer outra entidade.”
O gabinete da n.º 2 do Governo disse, aliás, que a própria não tinha que ser previamente informada sobre os “procedimentos adotados perante as situações ocorridas no Ministério das Infraestruturas”.
Na CNN Portugal, na noite de ontem, Vieira da Silva confirmou que foi contactada por João Galamba ainda na noite de 26 de abril: “Eu falei com o ministro das Infraestruturas nessa noite, depois do conjunto de factos. Eu soube que algum evento atípico havia acontecido nesse dia e conversei com o ministro já mais tarde, mas ainda na noite de 26 [de abril].”
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Avaliação do Polígrafo:
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