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| - “Um imigrante islâmico agride um médico espanhol porque este pediu à mulher do imigrante para despir o vestido, para poder ser examinada. Não é possível integrar a cultura islâmica no ocidente: é preciso afirmar isto à esquerda”. A menção e crítica aos valores do Islão é clara neste tweet de 13 de março, denunciado ao Polígrafo para verificação.
O comentário é feito a propósito de um vídeo de 39 segundos, onde se pode ver uma mulher com um hijab (veste típica de origem islâmica) dentro de um consultório com o que parece ser um médico. Segundos depois, o vídeo passa a mostrar o mesmo médico, desta vez acompanhado de duas mulheres vestidas com uma bata branca, a ser surpreendido pela entrada de um homem que, depois de lhe dirigir algumas palavras, lhe inflige alguns murros na face. O médico surge momentos depois a sangrar e o vídeo termina.
Mas será verdade que estamos perante um médico espanhol que pediu à paciente para esta “tirar o vestido” e que foi, na sequência desse pedido, agredido pelo companheiro da mulher?
Se acreditou nesta história, temos más notícias. O médico, russo e não espanhol, chama-se Vladimir Zhirnokleev e o episódio aconteceu em setembro de 2021, na cidade russa de Nizhnevartovsk. O dermatologista estava a realizar um exame comum à paciente quando lhe pediu para que esta mostrasse os cotovelos, o estômago e as costas (não que se despisse). Depois de a examinar, terá que dito que não havia nenhum problema e que a sua pele era “bonita”.
Este elogio parece ter sido quanto baste para que Bakhriddin Azimov, o agressor, se dirigisse ao gabinete do médico, que acabou por prestar as declarações acima à rede de televisão russa RT (não disponível para consulta), replicadas ainda por este jornal russo. O médico, inclusive, pronunciou-se sobre este assunto no Instagram.
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Avaliação do Polígrafo:
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