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| - Em entrevista ao “Telejornal” da RTP, ontem à noite e um ano depois de ter assumido a liderança do partido, o líder dos sociais-democratas recusou voltar a estabelecer barreiras claras com a extrema-direita: o que tinha a dizer, garantiu, já o disse antes e não vai voltar a repetir. Não será por isso, no entanto, que o Presidente da República acredita não haver uma alternativa clara ao atual Governo: para Luís Montenegro, a sua subida ao poder é cada vez mais bem acolhida pelos portugueses.
“Queremos sempre mais, mas estou confiante, muito confiante, de que este caminho, esta consistência (…) vão produzir o seu resultado quando os eleitores se desobrigarem daquela que foi a sua opção maioritária há um ano atrás”, afirmou o líder da oposição.
Ajuda importante tem dado o Governo e o PS, com todos os casos que Luís Montenegro diz estarem a corromper a saúde política portuguesa: “O que é que foi feito do apoio político que o Governo conquistou há um ano, onde teve uma maioria absoluta com um resultado perto dos 42%, e hoje está abaixo dos 30%? O Governo foi inoperante, deixou-se enredar em polémicas permanentes e perdeu autoridade política.”
Os números são claros: a 30 de janeiro de 2022, nas eleições legislativas, o PS arrecadou 2.302.601 de votos, uma percentagem de 42,50% que deu ao partido 120 deputados, os suficientes para uma maioria absoluta. PSD ficou em segundo lugar e elegeu 77 deputados (29,86% do total de votos expressos).
Quase um ano e meio depois, os socialistas caem a pique nas sondagens, mas será que desceram abaixo da barreira dos 30%, como disse Montenegro?
O Polígrafo consultou o arquivo de sondagens alojado na página da Marktest e verificou que desde as eleições legislativas até este mês (maio de 2023), o PS caiu de um máximo superior a 40% para um mínimo de 25,7% no último estudo de opinião da Intercampus para o Correio da Manhã, CMTV e Jornal de Negócios, divulgado a 5 deste mês. Verifica-se ainda que o socialistas não saem do intervalo 25% – 30% desde dezembro do ano passado, sendo mesmo ultrapassados pelos sociais-democratas em algumas sondagens.
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Avaliação do Polígrafo SIC:
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