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  • É falso que uma empresa chinesa comprou a maior reserva de urânio do Brasil. Na verdade, o que foi adquirido foi uma mina de estanho. Não há produção de urânio no local, somente uma estimativa de potencial de recursos ainda não comprovada, segundo a estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil). Além disso, alguns veículos de imprensa citados nas postagens desinformativas corrigiram a informação. A sugestão de checagem foi enviada ao UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049. O que diz o post As postagens que circulam nas redes sociais e no WhatsApp trazem uma foto de Lula cumprimentando o presidente da China, Xi Jinping. Acima da imagem, a seguinte frase: "China compra no Amazonas maior reserva de urânio do Brasil". No WhatsApp também circula o trecho de um programa da Band. Nele, o apresentador fala: "Uma empresa chinesa comprou no Amazonas a maior reserva de urânio do Brasil por US$ 340 milhões, cerca de R$ 2 bilhões. A mina Pitinga, localizada no município de Presidente Figueiredo, no estado do Amazonas, tem ainda estanho, cassiterita, columbita, nióbio, urânio e tântalo. A mina estava sob controle de um grupo peruano desde 2008." Enquanto o apresentador fala, imagens de mineração são passadas. Acima delas, é colocado ainda: "Empresa chinesa comprou a maior reserva de urânio do Brasil". Também circula no WhatsApp o print de uma publicação da revista Exame no Instagram. "China compra por R$ 2 bilhões reserva brasileira rica em urânio e nióbio, na Amazônia". A legenda diz: "A reserva de urânio de Pitinga não se destaca apenas pela riqueza em urânio, mas também por minerais estratégicos". Por que é falso Produção de urânio no país só pode ocorrer em parceria com estatal. No Brasil, a pesquisa, lavra e comercialização de minérios nucleares —de seus concentrados e derivados— cabe à INB. Isso está definido em uma lei de 2022 (aqui). "Qualquer urânio que seja potencial subproduto no Brasil só pode ser produzido se for em parceria com a INB", salienta a estatal em nota ao UOL Confere. "O urânio é monopólio da União e só pode ser produzido pela INB", complementou. Chineses compraram mina de estanho, uma das maiores do mundo. Entre os subprodutos do estanho estão o nióbio e tântalo. A operação gera um resíduo que contém urânio, que é monitorado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). "Não há produção de urânio no local", destacou a INB. Em comunicado (aqui), a Minsur S.A anunciou a transferência de "100% das ações" da Mineração Taboca S.A para a empresa China Nonferrous Trade Co. Ltd., subsidiária da China Nonferrous Metal Mining Group Co. "A execução deste acordo de venda está sujeita a determinados requisitos e condições habituais neste tipo de transação", destacou a empresa. Jazida não pode ser considerada a maior reserva de urânio no Brasil. De acordo com a INB, "reserva é a parte economicamente lavrável de um recurso mineral medido e/ou indicado, cuja viabilidade técnica-econômica da lavra tenha sido demonstrada por meio de estudos técnicos adequados. No local, há somente uma estimativa de potencial de recursos ainda não comprovada". Veículos de imprensa se corrigiram. A revista Exame alterou o título da reportagem "China compra por R$ 2 bilhões mineradora que produz estanho e atua próximo a reserva de urânio no AM" (aqui) e colocou uma atualização no primeiro parágrafo: "Esta matéria foi atualizada às 8h04 da sexta-feira, 29, para corrigir a primeira versão publicada no dia anterior, que dizia que a China havia comprado uma reserva de urânio no Amazonas. O mineral é considerado de monopólio da União e a Constituição determina que não pode ser explorado por empresas privadas nacionais ou estrangeiras. Na verdade, a empresa chinesa comprou a mineradora que atua na região". Outros veículos também fizeram comunicado de erro: g1 (aqui) e O Globo (aqui). Viralização. Um post que circula no Instagram já acumulava nesta segunda-feira (2) com 112 mil visualizações, 6.352 curtidas, 5.873 compartilhamentos e 1.175 comentários. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br. Siga também o canal do UOL Confere no WhatsApp. Lá você receberá diariamente as checagens feitas pela nossa equipe. Para começar a seguir, basta clicar aqui e ser redirecionado. Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.
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