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  • Robert Smith, vocalista, letrista, guitarrista, líder e fundador dos The Cure é um leitor ávido, desde tenra idade. E a viagem literária não mais parou, com o avançar do tempo. De tal forma que alguns críticos o acusam de pretensioso por causa das referências literárias que vão encontrando nas suas canções – “Killing an Arab”, por exemplo, remete para o universo de Camus. Seria quase inevitável que se cruzasse com Baudelaire… Aconteceu em 1987, à 6ª faixa de “Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me”, na canção “How Beautiful You Are“. O ano talvez não seja muito preciso, mas poderemos olhar para a década de 80 do século passado como uma referência fiável. Tudo se terá passado numa rua de Paris, durante um passeio chuvoso, entre promessas de amor eterno e o inesperado confronto com uma pobreza que alguém não quis ver e que acabaria por transformar o amor num ódio momentâneo. Tal como aconteceu em “Os Olhos dos Pobres”, incluído na coleção de poemas “O Spleen de Paris”, publicada em 1869, dois anos após a morte de Charles Baudelaire. A conclusão de Smith – «nunca ninguém conhece ou ama realmente alguém» – não se lê no poema original, mas foi a transgressão inevitável que lhe permitiu conquistar o final perfeito para uma canção assombrada por aquela atmosfera neo-punk-gótico-depressiva que sobrevoa tantas faixas dos The Cure e outras bandas daquela época. O site Songfacts recupera um excerto de uma entrevista, realizada em 1987, durante a qual Robert Smith, ao abordar o seu processo criativo, fala sobre a influência de um livro de poemas de Baudelaire: “Li-os todos mas houve um em especial que me chamou a atenção porque eu tinha escrito uma canção assim… sobre como pensamos que realmente conhecemos alguém, e que realmente amamos alguém e, de repente, descobrimos que esse alguém reage a algo que consideramos verdadeiramente importante, e a reação é tão diferente da esperada que não acreditamos que é a mesma pessoa. Eu tinha um conjunto de palavras que encerrava esse tipo de ideia.” E acrescentou, ainda, que “depois de ler [o poema] pareceu-me uma boa ideia resumir tudo a um incidente. Tentei pegar na noção genérica de não compreender alguém mas depois pensei que devia pegar num incidente em particular e escrever uma canção – foi a canção mais difícil de escrever porque queria mesmo que soasse mais a uma canção do que a um exercício literário.” A prova foi, claramente, superada. “How Beautiful You Are” não é uma cópia do texto de Baudelaire mas, antes, uma recriação inspirada no seu universo. É, também, uma das melhores faixas do sétimo álbum – um duplo vinil – dos The Cure. Avaliação do Polígrafo:
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