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| - O vídeo em causa é autêntico, embora seja apenas uma parte do programa em causa e as legendas não são inteiramente corretas. O problema é a extrapolação que se faz da informação.
Acresce que a indicação da data (trata-se de um programa emitido em 2015) acaba por ser olvidada na grande maioria das milhares de partilhas que estão a ser feitas nas redes sociais deste conteúdo que se tornou viral nos últimos dias, desde Itália (com a contribuição de Matteo Salvini, antigo vice-primeiro-ministro e líder do partido Liga Norte, que o difundiu nas suas páginas) até Portugal.
Ora, a plataforma de fact-checking italiana “Il Fatto Quotidiano” já desmentiu a extrapolação ou mesmo deturpação que está a ser feita a partir do vídeo. No programa de 2015 é referido que cientistas chineses terão criado um “supervírus pulmonar” em laboratório, mas tratava-se de uma experiência ou estudo científico que não tem relação com o novo coronavírus que começou a infetar pessoas no final de 2019, com epicentro inicial na cidade de Wuhan, China.
Tal como o Polígrafo já sublinhou em artigos recentes (pode consultar aqui, entre outros exemplos), não se confirma que o novo coronavírus tenha sido criado artificialmente em laboratório, ao contrário do que alegam múltiplas teorias de conspiração que circulam nas redes sociais. No dia 17 de março de 2020, aliás, foi publicado um estudo científico que demonstra a origem natural do SARS-CoV-2, o novo coronavírus que provocou a pandemia de Covid-19 à escala global.
“As nossas análises demonstram claramente que o SARS-CoV-2 não é uma construção em laboratório nem um vírus propositadamente manipulado“, garantem os autores do estudo.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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