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  • Em declarações à CNN Portugal, Vítor Duque, presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, afirmou que a “varíola dos macacos pode ser o início de mais uma epidemia entre os homossexuais ou alastrada a toda a população”, numa referência ao VIH (vírus da imunodeficiência humana), que durante muito tempo foi conotado com a comunidade gay. Nas redes sociais, as palavras não foram bem recebidas: “No tempo do Variações e do Mercury, a SIDA era doença dos homossexuais. Em 2022, a varíola dos macacos é considerada por alguns como uma doença dos homossexuais. Como se fosse o género e não comportamentos de risco, independentemente do género, a facilitar a propagação de doenças”, pode ler-se num dos muitos tweets escritos sobre o assunto. Em todo o caso, o virologista lembrou que o vírus pode atingir qualquer pessoa com uma qualquer orientação sexual, e que, na base das suas declarações, terá estado o número de casos, até ao momento, e a sua prevalência em comunidades gays. Ainda assim, e perante a polémica gerada nas redes sociais, o Polígrafo foi perceber se é correto inferir que a “varíola do macacos” afeta especialmente homens gays, ou se tudo não passa de um mito. A “varíola dos macacos”, ou mais propriamente o seu vírus, é em muito semelhante ao da varíola e a sua transmissão ocorre normalmente através do toque ou mordida de animais selvagens infetados, como ratos ou esquilos na África Ocidental e Central. Esta é uma doença rara, que não se transmite com muita facilidade entre humanos, mas que soma já 14 casos em Portugal, de acordo com as contas da Direção-Geral da Saúde (DGS). Os casos em Portugal foram reportados na região de Lisboa e Vale do Tejo. Patente em pelo menos 15 países, inclusive os Estados Unidos, os sintomas desta doença passam pelo surgimento de lesões cutâneas, que podem manifestar-se através de pequenas manchas ou de lesões com conteúdo líquido. Além disso, pode ainda provocar febre, arrepios, dores de cabeça, musculares ou cansaço. Mas, afinal, existem pessoas mais susceptíveis? Esta teoria é totalmente enganadora: transmissão não está relacionada com práticas sexuais que sejam mais frequentes em homossexuais, garante o virologista Celso Cunha. Anos depois de homens gays e bissexuais terem visto as suas práticas sexuais associadas, erroneamente, à infeção por VIH, foi a vez de a “varíola dos macacos” ficar conotada como uma doença de homossexuais. Mais uma vez sem bases científicas para tal. “Nós estamos perante um vírus, que é este da varíola, que, tanto quanto a ciência sabe hoje em dia, não é transmitido por via sexual, através de uma relação sexual que envolva penetração. Admito, eventualmente, que pessoas que se beijem em conjunto, que se toquem… isso contribui para disseminar a doença e contagiar outras pessoas”, informa o especialista. “Não há doenças de homossexuais nem de heterossexuais. Há comportamentos de risco que podem promover um contacto mais fácil, só isso”. (Celso Cunha) Esta é, assim, “uma doença quer para homossexuais, quer para heterossexuais”, já que “a transmissão não está relacionada com práticas sexuais que sejam mais frequentes em gays“. A título de exemplo, o VIH “começou a ser notado nas comunidades homossexuais” e “foi conotado com essas comunidades”. A hepatite B, por sua vez, que “já era conhecida há muito tempo e tem as mesmas vias de transmissão, nunca foi conotada como uma doença de heterossexuais, apesar de os primeiros casos terem certamente aparecido em heterossexuais. Não há doenças de homossexuais nem de heterossexuais. Há comportamentos de risco que podem promover um contacto mais fácil, só isso”. Também ao Polígrafo, Paulo Paixão, virologista e antigo presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, garante que não há nenhum fundamento científico que possa confirmar que a varíola dos macacos é mais persistente nas comunidades homossexuais ou bissexuais. “O vírus transmite-se com a proximidade, ou seja, aquilo que nós sabemos é que o vírus se transmite por via respiratória e por contacto, já que aquelas lesões da pele são infecciosas. Portanto, implica contacto, nada mais do que isso”, afirma Paixão. “O vírus transmite-se com a proximidade, ou seja, aquilo que nós sabemos é que o vírus se transmite por via respiratória e por contacto, já que aquelas lesões da pele são infecciosas. Portanto, implica contacto, nada mais do que isso”. (Paulo Paixão) Dá-se o caso de, “se uma mãe estiver infetada, vai infetar o filho. Se um dos membros do casal estiver infetado, vai infetar o outro. Portanto, aqui o que terá acontecido, presumo eu, é que se há um contacto mais próximo, mesmo que não tenha sido sexual, obviamente que aumenta a probabilidade. Aconteceu aqui um ou dois surtos em comunidades gays, mas não é porque o vírus tenha uma predileção por homossexuais ou heterossexuais. Este nem sequer é propriamente um vírus de transmissão sexual“.
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