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| - A atividade foi realizada por uma educadora social para uma turma de crianças com 11 anos e tinha como objetivo “melhorar a nossa forma de comunicar uns com os outros”, já que “há palavras que magoam muito” e “existem outras que podemos usar”. Uma professora criou uma tabela com várias expressões colocadas lado a lado, no sentido de levar os alunos do sexto ano a dizerem determinada frase em vez de uma outra, supostamente mais grave e dura.
A título de exemplo, a atividade incentivava os alunos a dizerem “desaparece da minha frente antes que eu seja mal educado”, “cheiras um pouco mal”, “estás a ser mesmo parvo, até pareces outra coisa”, não aprecio o teu estilo” ou “tu és muito chato”, em detrimento de “és burro”, “és feio”, “gay ou paneleiro” ou “cheiras mal”.
Depois de ser divulgado nas redes sociais, o tweet que denunciava a situação foi eliminado. Ainda assim, o Polígrafo conseguiu saber qual a escola em que foi distribuída a ficha em questão, tendo entrado em contacto com a mesma.
Em declarações ao Polígrafo, a diretora da Escola Básica Dr. António Augusto Louro confirma que, efetivamente, a atividade foi realizada numa das turmas deste estabelecimento de ensino, por uma docente.
O Polígrafo questionou ainda a responsável sobre se houve queixas por parte dos pais dos alunos em causa: “Efetivamente, houve uma encarregada de educação que se dirigiu à escola e que manifestou o seu desagrado perante a atividade que foi feita. Mas foi apenas uma mãe que nos contactou.”
A escola teve conhecimento da atividade, “nestes moldes, depois de esta ter sido efetuada, a partir da presença da encarregada de educação, que trazia a própria fotocópia que o filho recebeu”. Quanto à professora responsável pela distribuição da ficha, a mesma foi abordada pela escola, posteriormente, como confirma a diretora, que se recusou a partilhar mais detalhes sobre a situação em causa.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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