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| - “Há 100 anos a superfície de cereais em Portugal era de 900 mil hectares, passando para menos de 200 mil hectares em 2019. A área de cereais cultivada em Portugal no ano transato foi a menor desde o que a esquerda chama ‘o tempo do fascismo'”, destaca a publicação em causa.
No ano passado, continua o post, “foram cultivados no país 20 mil hectares de trigo mole, quando em 2014 este cereal ocupava mais do dobro de superfície (46 mil hectares). A área de cultivo do centeio e da aveia recuaram nos últimos cinco anos, de governo socialista com a extrema esquerda, passando, no caso do centeio, de 20 mil hectares em 2014 para 15 mil hectares em 2019, e no caso da aveia de 51 mil hectares em 2014 para 35 mil hectares no ano findo”.
O Polígrafo começou por consultar o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas, relativo ao mês de março de 2019, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No documento, as previsões agrícolas eram de que nos cereais de inverno, e apesar das condições climatéricas favoráveis, “a superfície instalada (109 mil hectares) deverá ser a menor dos últimos cem anos, essencialmente devido à diminuição da área de trigo e triticale (-10%) e de cevada (-5%)”. Já o “desenvolvimento vegetativo é normal, prevendo-se a manutenção, face a 2018, da produtividade da aveia (1,5 toneladas por hectare)”.
Ainda segundo este boletim, a “esmagadora maioria das sementeiras dos cereais de inverno concluiu-se no final de janeiro e decorreu sem incidentes”. À data, o INE previa uma redução nas áreas instaladas de trigo e triticale (-10%) e de cevada (-5%). Este cenário de redução global da área dos cereais de inverno, continuava o Instituto, “posiciona esta campanha como a que regista a menor área dos últimos cem anos”.
De acordo com o gráfico disponibilizado pelo INE, a superfície de cereais de outono/inverno em 1919 era superior a 900 mil hectares, ao passo que em 2019, segundo valores provisórios, esse número estaria abaixo dos 200 mil hectares.
Mais recentemente, as previsões agrícolas a 30 de abril deste ano apontam para “diminuições generalizadas na produtividade dos cereais de inverno (-15% no trigo duro, triticale e aveia, -10% no trigo mole e cevada e -5% no centeio), apesar de alguma recuperação face ao mês anterior, consequência da precipitação de março e abril”.
O gráfico do INE mostra ainda que o auge da produção cerealífera terá decorrido nas décadas de 1940 e 1950, com as políticas agrícolas salazaristas, anos em que a superfície plantada era de quase 1.600.000 hectares.
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