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| - As imagens são verdadeiras?
Contactada pelo Polígrafo, fonte oficial da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) confirma ser a entidade que gere os painéis informativos que protagonizam a publicação em análise. Além disso, indica que estão instalados na cidade de Lisboa dois displays de informação que funcionam como “mostradores de contagens de bicicletas”, um deles na Avenida Duque de Ávila e o segundo na Alameda dos Oceanos.
Segundo a mesma fonte, os dados facultados pelos contadores de bicicletas estão disponíveis, para consulta pública, no site open data da EMEL.
Mas como se explica a alegada informação transmitida nestes ecrãs? Por exemplo, os mais de dois milhões de “ciclistas” que já circularam nas ciclovias de Lisboa?
A EMEL esclarece que “as contagens resultam dos dados recolhidos acumulados por 31 contadores sensores, que estão a contar 24 horas por dia, desde o dia 7 de julho, a data da sua instalação”.
“A tecnologia envolvida na contagem é uma dupla tecnologia, alimentada através de painéis solares, que combina a deteção por RADAR (Radio Detection And Ranging) e a deteção por LIDAR (Light Detection And Ranging)”, informa ainda a entidade municipal.
Após o pedido de esclarecimento por parte do Polígrafo, a EMEL alterou, a partir do dia 17 de novembro, a designação “ciclistas” para “velocípedes” nos seus painéis informativos, tal como se observa numa imagem disponibilizada pela entidade:
Ou seja, a contagem não se refere ao número de ciclistas mas sim de passagens de velocípedes.
Em suma, a informação apresentada pela EMEL podia, no seu formato original, induzir em erro pela utilização da expressão “ciclistas”, que parece indicar o número de utilizadores (pessoas) das ciclovias. No entanto, a entidade esclarece e corrige de forma clara que a contagem se refere ao número de passagens de veículos, podendo tratar-se da passagem dos mesmos utilizadores, por exemplo, várias vezes ao dia.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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