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  • É falso que Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, afastou os responsáveis pelas investigações das movimentações financeiras de Fabrício Queiroz e do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). O ex-juiz não tem poder de afastar um promotor do Ministério Público ou um delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, já que os órgãos não estão sob sua alçada. A falsa informação foi publicada por diversos perfis pessoais no Facebook e já acumula mais de 18 mil compartilhamentos até a tarde desta sexta-feira (22). Todas elas foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação disponibilizada pela rede social (entenda como funciona). Moro afasta promotor que investigava Flávio Bolsonaro e agora afasta delegado que investigou assassinos de Marielle. Entendeu? O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, não tem poder para afastar promotores, uma vez que o Ministério Público é um órgão independente e não pertence a nenhum dos três poderes. Sendo assim, é falsa a informação de que, a seu mando, responsáveis pela investigação das movimentações financeiras de Fabrício Queiroz no MP do Rio tenham sido afastados. Na realidade, o promotor Claudio Calo, que recebeu o caso de Queiroz, pediu o próprio afastamento no dia 5 de fevereiro. Ele se declarou suspeito para conduzir a investigação e foi substituído por Luis Otávio Figueira Lopes. Antes de receber o caso, Caio publicou em seu perfil oficial no Twitter que o “Relatório do Coaf demonstra movimentações financeiras não necessariamente criminosas, mas anômalas, que podem configurar crime ou não". Além disso, o promotor interagiu com a família Bolsonaro, curtindo e compartilhando tweets. Caio também afirmou ter se encontrado com o senador em novembro de 2018. O ministro Sérgio Moro também não tem qualquer ingerência sobre a Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde estão hoje as investigações do Caso Marielle Franco. O órgão é subordinado ao governo do Estado, como determina o artigo 144 da Constituição. Logo, também é informação falsa que ele teria afastado o delegado dessa investigação. Nesse caso, o delegado Giniton Lages, responsável pela primeira fase da investigação, que prendeu os dois ex-PMs acusados pelo assassinato, foi afastado um dia depois da operação. O afastamento foi um “prêmio” do governador Wilson Witzel (PSC), que ofereceu a Lages um intercâmbio de quatro meses na Itália: "Convidei [para o intercâmbio] porque ele está cansado. Está esgotado. É uma investigação que teve um certo esgotamento da pessoa. Como ele está com a experiência adquirida e nós estamos com o intercâmbio com a Itália exatamente para estudar máfia, movimentos criminosos, ele vai fazer essa troca de experiência com a polícia italiana". A Agência Lupa também checou essa peça de desinformação.
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