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| - “Pergunta para memórias de peixe: Um ministro das Finanças que aumenta o salário do presidente do Banco de Portugal em 50% e depois abandona o cargo de ministro e salta para a presidência do Banco de Portugal, é o quê?”, questiona o autor do post partilhado a 31 de outubro. O Polígrafo encontrou publicações iguais de 2020, com o mesmo texto e a mesma caricatura de Mário Centeno.
Mas confirma-se que o antigo ministro das Finanças aumentou em 50% o salário do cargo de governador do Banco de Portugal, que agora representa?
Não. Mário Centeno foi nomeado como novo governador do Banco de Portugal (BdP) em julho de 2020. Para assumir o novo cargo, o antigo governante deixou a tutela do Ministério das Finanças a 9 de junho, sendo substituído por João Leão, e saiu da liderança do Eurogrupo a 12 de julho do ano passado.
Dois anos antes, a 4 de maio de 2018, o “Jornal de Negócios” deu a notícia em primeira mão da subida de salários no BdP em 50% para os novos membros do Conselho de Auditoria, uma decisão assinada pelo secretário de Estado Adjunto das Finanças, Ricardo Mourinho Félix e depois publicada em “Diário da República”.
Assim, o aumento apenas abrangeu o Conselho de Auditoria e não os membros do Conselho de Administração, que inclui o governador, o vice-governador e três administradores. O salário do então governador Carlos Costa não sofreu qualquer aumento e o de Mário Centeno continua igual, como é possível verificar no site oficial do BdP.
Em conclusão, o aumento salarial foi aplicado em 2018 e contemplou apenas os membros do Conselho de Auditoria do BdP, não os membros do Conselho de Administração, incluindo o então governador Carlos Costa, sucedido por Mário Centeno em julho de 2020.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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