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| - Fundamentos do Chega. O RSI é um problema em Portugal? Falso. Falamos de 119,07 euros mensais. Em 2018, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de risco de pobreza antes das transferências sociais compreendia 43,4% da população, mais de 4 milhões de pessoas. No entanto, o RSI cobre hoje cerca de 2% da população“, destaca-se no conteúdo em causa, denunciado no Facebook como sendo falso ou enganador.
Os dados sobre indicados são de 2018, mas o Polígrafo conferiu os mais recentes que reportam a 2020 (ou mesmo a 2021, no caso específico do RSI).
Os dados mais recentes foram divulgados pelo INE em dezembro de 2021, no último boletim sobre “Rendimento e Condições de Vida“, com base no Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado no ano passado.
“Em Portugal, em 2021 (rendimentos de 2020), 2.302 milhares de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social (pessoas em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material e social severa). Consequentemente, a taxa de pobreza ou exclusão social ascendeu a 22,4% (mais 2,4 p.p. do que no ano anterior)”, informou o INE.
Contudo, no post aponta-se para a taxa de risco de pobreza antes de transferências sociais, cujos dados encontramos no mesmo boletim do INE. De facto, compreendia 43,4% da população portuguesa em 2018, tendo baixado para 42,4% em 2019 e voltado a subir para 43,5% em 2020. Ou seja, está praticamente ao mesmo nível, dois anos depois.
Quanto ao RSI, de acordo com os dados mais recentes (até dezembro de 2021) do Instituto da Segurança Social (ISS), regista-se um total de 205.232 beneficiários dessa prestação social, integrados em 97.026 famílias. Equivale a cerca de 2% (ou 1,99%, mais precisamente) da população residente em Portugal, tal como se destaca no post sob análise.
De resto, em dezembro de 2021, o valor médio da prestação mensal de RSI por cada beneficiário (ao nível nacional) foi 119,58 euros, ligeiramente acima do indicado no post que, sublinhe-se, remete para o ano de 2018.
Embora com dados que já estão desatualizados, o post apresenta informação verdadeira e que não difere muito dos dados mais atualizados. Pelo que aplicamos o carimbo de “Verdadeiro“.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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