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| - “Quando se gasta o dinheiro dos contribuintes bem gasto, é assim”, comenta-se numa das publicações que mostra a imagem de um bebé no interior de uma caixa, supostamente oferecida pelo Estado finlandês aos pais de todos os recém-nascidos, com 60 bens essenciais que vão desde roupa a brinquedos e livros.
“Na Finlândia, os recém-nascidos vão para casa com uma caixa contendo 60 bens essenciais, incluindo roupa, cobertores, brinquedos, um livro e enxoval. A caixa em si pode ser usada como o primeiro berço do bebé”, descreve-se sob a imagem em causa.
Esta história tem fundamento?
A denominada “caixa da maternidade” não é propriamente uma novidade. Aliás, é frequentemente elogiada como uma medida positiva das autoridades da Finlândia e já existe desde a década de 1930, numa primeira fase direcionada a mães com baixos rendimentos e posteriormente, em 1949, passou a abranger todas as mães
Na página da “Kela“, a agência finlandesa de Segurança Social, é explicada a história por detrás desta medida. Foi após “a promulgação da Lei de Subsídios de Maternidade em 1937” que este benefício de maternidade começou a ser atribuído em 1938. Inicialmente era apenas para mães com baixos rendimentos, mas acabou por ser alargado devido às “preocupações com o declínio das taxas de natalidade e alta mortalidade infantil”.
“No início, o auxílio-maternidade era concedido e pago pelos conselhos municipais de assistência social. Em 1938, cerca de dois terços das novas mães recebiam um subsídio de maternidade”, explica a “Kela” que gere o processo de entrega destes kits de maternidade desde 1994. Antes disso eram fornecidos pelo Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar e pelo Governo.
Em vez da “caixa da maternidade”, as mães podem optar por um apoio financeiro. Mas, segundo a agência finlandesa, “apenas um terço de todas as grávidas optam pelo benefício em dinheiro”.
De resto, a composição da “caixa da maternidade” sofre alterações todos os anos e, de 2022 para 2023, como que emagreceu. A caixa de 2022 continha 43 bens, mas a deste ano dispõe de apenas 38, um número inferior aos 60 indicados pela publicação e que reflete o mais recente aumento dos custos.
Em 2023, a “caixa da maternidade” – que pode ser utilizada como primeiro berço – contém roupa (casacos, calças, gorros, meias, luvas, etc.), cobertores, roupa de cama e toalha, produtos de higiene direcionados para a mãe, produtos para cuidado do bebé (como escova, termómetro para a água do banho ou babete) e um livro.
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Avaliação do Polígrafo:
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