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  • “O futuro da Europa”, destaca-se no topo da publicação de 11 de abril no Facebook. Não há qualquer indicação quanto à origem do gráfico, sobre quem produziu, mas refere-se o Eurostat, gabinete de estatísticas da União Europeia, na lista de fontes utilizadas, a par do INSEE, Destatis, StatDK, StatSe, StatFI, ONS, INE.es, entre outros. De acordo com os dados do gráfico, cerca de 20% dos bebés nascidos em Portugal no ano de 2020 eram “não europeus” ou “não brancos“. A percentagem mais elevada foi registada na França, com 35%, enquanto os países bálticos – Lituânia, Letónia e Estónia – figuram no extremo oposto, com 0% de nascimentos de “não brancos”. A média nos 28 Estados-membros da União Europeia (na realidade são apenas 27, depois de consumado o Brexit em janeiro de 2020) terá sido de aproximadamente 22% a 23%. “Este número só vai aumentar no futuro”, alerta-se. O resultado está exposto em intervalos percentuais que vão de 0% a 35%, distribuídos por cada um dos países no mapa. O esquema de cores vai intensificando à medida que a percentagem aumenta: em França, por exemplo, onde este valor é de 35%, o território está pintado de castanho. Na Polónia, por sua vez, onde os nascimentos de “não europeus” correspondem a apenas 1%, o território está pintado de azul claro. O Polígrafo contactou o Eurostat, questionando sobre a origem deste gráfico, ou dos respetivos dados. O gabinete de estatísticas da União Europeia garantiu que não produziu o gráfico em causa. “O Eurostat é citado como fonte de dados e, de facto, temos dados sobre o número de nascimentos discriminados por nacionalidade da mãe ou ainda pelo país de nascimento da mãe“, explicou fonte oficial do Eurostat, na resposta ao Polígrafo, ressalvando porém que esses dados não incluem “a cor das pessoas” como variável. A mesma fonte esclareceu também que “ambas as variáveis (nacionalidade da mãe e país de nascimento da mãe) não correspondem a uma lista detalhada, estando antes agregadas em categoriais amplas“. Entre as quais: total; países da União Europeia; países não pertencentes à União Europeia; país estrangeiro; país declarante. No que concerne a Portugal, de acordo com os dados compilados pelo Eurostat, dos 86.579 bebés nascidos no ano de 2019, último ano com dados disponíveis, 10.683 eram filhos de mãe com nacionalidade estrangeira. Ou seja, cerca de 12%. Ainda assim, desses 10.683 bebés, 1.202 nasceram de progenitoras com nacionalidade de um dos 28 Estados-membros da União Europeia (antes da saída do Reino Unido). Feitas as contas, apenas 10,9% dos bebés nascidos em Portugal no ano de 2019 eram filhos de mãe com nacionalidade “não europeia”, longe dos 20% apontados no gráfico. Mais díspar ainda será o número de nados-vivos “não brancos” nascidos em Portugal nesse mesmo ano, uma vez que as variáveis “não europeu” e “não branco”, além de vagas, não correspondem ao mesmo grupo. Mais, os dados que aqui apresentamos dizem respeito ao ano de 2019 e não a 2020, como expõe o gráfico, uma vez que os dados relativos a esse ano não foram ainda disponibilizados. Em suma, é falso que cerca de 20% dos bebés nascidos em Portugal no ano de 2020 fossem “não brancos”. Os dados patentes no gráfico resultam de um exercício de manipulação e especulação, com base em variáveis inexistentes como, desde logo, a cor de pele das pessoas. __________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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