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  • Não é recente um vídeo que mostra a Guarda Nacional Bolivariana reprimindo manifestantes em uma ponte de Caracas, capital da Venezuela, como alegam publicações virais nas redes. Apesar de o registro ser real, as imagens foram feitas em abril de 2017, e não após o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) declarar Nicolás Maduro reeleito na madrugada de segunda-feira (29). Publicações nas redes acumulavam mais de 111 mil curtidas no Instagram até a tarde desta terça-feira (30) e 1.000 compartilhamentos no X (ex-Twitter). Urgente: venezuelanos decretam guerra civil. Um vídeo de 2017, que mostra a repressão contra opositores do ditador venezuelano Nicolás Maduro, circula nas redes como se fosse recente. As imagens viralizaram após o CNE declarar a vitória eleitoral de Maduro, na madrugada de segunda-feira (29). Os registros são reais, mas mostram opositores ao ditador venezuelano em um grande protesto de 2017, em Caracas, capital do país. Em uma busca reversa, Aos Fatos encontrou uma versão da gravação publicada no X (ex-Twitter) por um jornalista venezuelano no dia 19 de abril de 2017, e não após as eleições que ocorreram no último domingo (28). Suban el volúmen y escuchen #Venezuela #19A #SosVenezuela pic.twitter.com/ryALb7F4nJ— Juan Pablo Fernández-Feo. (@MrAspartame) April 20, 2017 À época, opositores de Maduro protestavam contra o regime chavista nos arredores da rodovia Francisco Fajardo, no bairro Bello Monte, em Caracas, dias após o TSJ (Supremo Tribunal de Justiça, em português) assumir as funções da Assembleia Nacional, de maioria oposicionista, em uma tentativa de autogolpe. É fato, porém, que a vitória do ditador venezuelano proclamada pelo CNE na segunda-feira (29) desencadeou uma onda de protestos na Venezuela. A oposição disse que houve fraude e não reconheceu o resultado das eleições. Líderes internacionais também não reconheceram a vitória de Maduro, assim como a OEA (Organização dos Estados Americanos). O PT, partido do presidente Lula, reconheceu a vitória do ditador venezuelano. O governo brasileiro, porém, em nota oficial emitida pelo Ministério de Relações Exteriores saudou a ocorrência das eleições venezuelanas, mas disse que aguarda a publicação dos dados desagregados da votação. Essa peça de desinformação também foi verificada pelas agências venezuelanas Efecto Cocuyo e EsPaja. O caminho da checagem: Em uma busca reversa, Aos Fatos encontrou uma versão do vídeo original usado nas peças falsas e observou que ele foi publicado no dia 19 de abril de 2017. A reportagem buscou ainda notícias sobre a eleição na Venezuela para contextualizar a verificação.
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