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| - “Não existe Covid-19! Existem apenas instituições e governos criminosos que deveriam ser julgados em tribunal militar, por terem inventado uma falsa pandemia e destruído economias, com o único objetivo de imporem uma nova ordem totalitária”, começa por se salientar no texto da publicação em causa.
“O presidente de Madagáscar afirmou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) lhe ofereceu 20 milhões de dólares para adicionar veneno à bebida, à base de plantas, que eles fabricaram para curar a Covid-19. Em resposta, Madagáscar cortou relações e expulsou todos os funcionários da OMS. O Burundi também já reagiu expulsando os funcionários da OMS do seu país”, denuncia-se.
É verdade que o presidente de Madagáscar acusou a OMS de lhe ter oferecido 20 milhões de dólares para envenenar a suposta “cura” da Covid-19?
Esta alegação baseia-se numa manchete do jornal “Tanzania Perspective” de 14 de maio que, por sua vez, remete para uma entrevista concedida pelo presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, à estação de televisão France 24.
A entrevista em causa foi transmitida no dia 12 de maio (pode verificar aqui) e o facto é que Andry Rajoelina não acusou a OMS de lhe ter oferecido 20 milhões de dólares para envenenar a suposta “cura” da Covid-19.
É verdade que, nessa entrevista, Andry Rajoelina falou sobre a controversa bebida à base de plantas – denominada como “Covid-Organics” – que tem promovido no seu país como suposta “cura” da Covid-19. “Funciona realmente muito bem”, afirmou o presidente de Madagáscar, embora tal “remédio” nem sequer tenha sido submetido a ensaios clínicos.
A OMS tem alertado para o facto de a “Covid-Organics” não ter sido testada e não estar cientificamente comprovado que tenha algum efeito benéfico no tratamento da Covid-19, mas o presidente de Madagáscar defendeu a eficácia do produto na entrevista, sugerindo que se tivesse sido descoberto por um país europeu não seria alvo de tanto cepticismo.
De qualquer modo, repetimos, é falso que Andry Rajoelina tenha afirmado que a OMS lhe ofereceu dinheiro para colocar veneno nesse produto. Não há qualquer base de sustentação factual nessa alegação.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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