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| - “Hoje é um dia mau para os agoirentos; Crescimento do PIB revisto em alta: +7,1% que em 2021, +2,4% que em 2019; Inflação a desacelerar, tendo os preços caído 0,2% em agosto (a 3ª maior caída da UE); Desemprego desce para os 5,9%, e nos jovens 16,3% (pela 2ª vez em 20 anos)”. Os números foram difundidos por Miguel Costa Matos, deputado eleito à Assembleia da República pelo PS, esta quarta-feira, 31 de agosto.
“Sim, a economia tem de crescer. A inflação está a travar mas continua alta. Muitos sofrem ainda com desemprego e salários baixos. Nem todos beneficiam do crescimento de igual forma. Mas Portugal não está condenado ao fracasso ou ao pessimismo. Vamos continuar a lutar para que melhore”, garantiu o socialista, lembrando que o Governo aprovará, já na próxima segunda-feira, “um pacote de medidas de apoio ao rendimento das famílias face à inflação”.
Também o Orçamento do Estado (OE) trará “novidades importantes a esse respeito. O nosso compromisso tem de ser, ao contrário do que dizia Luís Montenegro, um país melhor onde as pessoas vivam melhor”.
Começando pelo Produto Interno Bruto (PIB) em termos reais, de acordo com o último boletim do Instituto Nacional de Estatística (INE), este registou uma “variação homóloga de 7,1% no 2º trimestre de 2022 (11,8% no trimestre anterior)”. “Note-se que a evolução em termos homólogos reflete em parte um efeito de base, dado que no 1º trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica”, ressalva o INE no mesmo documento.
Apesar deste crescimento significativo do PIB, importa referir que, segundo o INE e o Banco de Portugal, em 2020 registou-se a maior queda do PIB desde 1954, um total de -8,4%, provocada essencialmente pela pandemia de Covid-19. Assim, nesse mesmo ano, o PIB encolheu para 200,1 mil milhões de euros, explicado pela quebra das exportações e do consumo privado.
Avançando para a inflação, também a 31 de agosto o INE tornava públicos os dados mais recentes sobre a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que “terá diminuído para 9,0% em agosto (9,1% em julho)”.
Significa isto que, comparativamente com o mês anterior, “a variação do IPC terá sido -0,3% (nula em julho e -0,2% em agosto de 2021)”, sendo que se estima uma “variação média nos últimos doze meses de 5,3% (4,7% no mês anterior)”.
Já no que respeita ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, este terá, segundo o INE, “registado uma variação homóloga de 9,4% (valor idêntico ao do mês anterior)”, o que resulta na queda (indicada por Costa Matos) de 2% face ao mês de julho deste ano.
Ainda que assim seja, segundo o boletim “Índice de Preços no Consumidor” de julho de 2022 (pode consultar aqui), divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística no dia 10 de agosto, “a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,1% em julho de 2022, taxa superior em 0,4 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde novembro de 1992“.
De acordo com os dados apurados pelo INE, “o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 9,4%, novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996. Esta taxa é superior em 0,4 p.p. à do mês anterior e superior em 0,5 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em junho, esta diferença tinha sido de 0,4 p.p.)”.
Por fim, no que ao desemprego diz respeito, segundo as estimativas mensais de emprego e desemprego do INE, em julho de 2022 a taxa de desemprego situou-se nos 5,9%, “próximo do observado em fevereiro (5,7%), o valor mais baixo dos últimos 10 anos. Em junho de 2022, a população inativa registou o seu valor mais baixo desde fevereiro de 1998 (2.470,5 milhares de pessoas)”. Para os jovens, a taxa de desemprego não ajustada de sazonalidade atingiu os 16,3% (21,7% no mesmo mês de 2021).
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