About: http://data.cimple.eu/claim-review/789ce19efd5f8c02b65e5e1e34ead1bb502aed71106d743c9074b0f4     Goto   Sponge   NotDistinct   Permalink

An Entity of Type : schema:ClaimReview, within Data Space : data.cimple.eu associated with source document(s)

AttributesValues
rdf:type
http://data.cimple...lizedReviewRating
schema:url
schema:text
  • Todos os dias aparecem nas redes sociais curas milagrosas para o novo coronavírus. São geralmente remédios caseiros e infalíveis — mas, pelo menos para já, nenhum deles se confirma como eficaz e verdadeiro. A publicação viral mais recente, que foi partilhada milhares de vezes, garante que inalar vapores de eucalipto evita o contágio. “Mentolatum no nariz, o vírus não entra e morre”, pode ler-se no post. Estas afirmações são falsas e há vários detalhes na publicação que o provam, começando logo pelos “médicos da Universidade de Havana”, mencionados no texto que acompanha a imagem. Nem na página oficial da instituição cubana, nem em qualquer site de pesquisa existem referências a um estudo sobre os benefícios do eucalipto. O texto também diz que “em uma série de testes em ambientes pulverizados com vapor quente do Eucalyptol, esse vírus modificado não se desenvolveu e não tolerou os agentes virucidas, anti-sépticos e bactericidas desse componente, que morriam completamente” e que é recomendado “ter galhos de eucalipto nos quartos, ou vapores com óleo de eucalipto ou galhos para impedir o COVID-19”. Outras sugestões do género já tinham sido desmentidas no final de março. “Nem o CDC (Centros de controlo e prevenção de doenças dos Estados Unidos), nem a OMS (Organização Mundial da Saúde) sugerem terapias com vapores com qualquer ingrediente como uma cura para o coronavírus”, afirmou na altura um representante do CDC à agência Reuters, garantindo ainda não estar a par de nenhum estudo científico sobre o assunto. Além da falta de pontuação que qualquer pessoa pode identificar na publicação, há erros científicos detetados por especialistas. Joe Schwarcz, diretor do Gabinete de Ciência e Sociedade da Universidade McGill (em Montreal, no Canadá), reparou na ausência de uma letra que denuncia a falsidade do texto. “A componente do óleo essencial de eucalipto é 1,8-epoxy-p-mentano, também conhecido como 1,8-cineol. O ’n’ em falta faz uma grande diferença. Metano e mentano são componentes completamente diferentes”, explicou num artigo publicado a 14 de abril. De facto, se pesquisarmos as definições dos componentes, ficamos a saber que metano (aquele que é referido na publicação viral) é um “gás dos pântanos produzido pela decomposição da matéria orgânica” e que mentano é um “terpeno monocíclico derivado do mentol”. Os vapores até podem ajudar a descongestionar mas não purificam o ar à nossa volta. No entanto, foi exatamente essa a ideia aproveitada por várias marcas que vendem óleos essenciais. A 6 de março, a FDA (Administração norte-americana de alimentação e drogas) emitiu avisos direcionados a empresas que estavam a publicitar os respetivos produtos como prevenção ou tratamento para a Covid-19. “A FDA determinou que estes produtos são novos medicamentos não aprovados”, afirma o documento. Fica ainda bem claro que “não há atualmente vacinas, comprimidos, poções, loções, pastilhas ou outros produtos com ou sem receita disponíveis para tratar ou curar a doença coronavírus 2019 (Covid-19)”. Conclusão Não há nenhum estudo da Universidade de Havana sobre os benefícios do eucalipto, como também é mentira que a inalação desse ou de qualquer outro vapor seja eficaz na prevenção ou na cura da Covid-19. Além das publicações virais e nada fidedignas que circulam nas redes sociais, nos Estados Unidos, as entidades competentes tiveram de emitir alertas sobre empresas que vendiam óleos essenciais e vaporizadores, apregoando que esses produtos podiam travar a pandemia. Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador este conteúdo é: No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é: FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos. Nota: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook. Nota 2: O Observador faz parte da Aliança CoronaVirusFacts / DatosCoronaVirus, um grupo que junta mais de 100 fact-checkers que combatem a desinformação relacionada com a pandemia da COVID-19. Leia mais sobre esta aliança aqui.
schema:mentions
schema:reviewRating
schema:author
schema:datePublished
schema:inLanguage
  • Portuguese
schema:itemReviewed
Faceted Search & Find service v1.16.115 as of Oct 09 2023


Alternative Linked Data Documents: ODE     Content Formats:   [cxml] [csv]     RDF   [text] [turtle] [ld+json] [rdf+json] [rdf+xml]     ODATA   [atom+xml] [odata+json]     Microdata   [microdata+json] [html]    About   
This material is Open Knowledge   W3C Semantic Web Technology [RDF Data] Valid XHTML + RDFa
OpenLink Virtuoso version 07.20.3238 as of Jul 16 2024, on Linux (x86_64-pc-linux-musl), Single-Server Edition (126 GB total memory, 3 GB memory in use)
Data on this page belongs to its respective rights holders.
Virtuoso Faceted Browser Copyright © 2009-2025 OpenLink Software