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  • Fotos de três detentos que fugiram da cadeia de Andirá (PR) na terça-feira (13) circulam nas redes como se eles fossem infiltrados pelo PT que incendiaram um ônibus durante manifestação bolsonarista em Brasília e foram presos pela PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal). Além de não terem sido efetuadas prisões após atos de vandalismo na capital federal na segunda (12), não há evidências que possam vincular os fugitivos do Paraná ao PT ou aos protestos antidemocráticos. Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam ao menos 4.000 compartilhamentos no Facebook nesta quinta-feira (15) e circulam também no Twitter e no WhatsApp, ferramenta na qual não é possível estimar o alcance das mensagens (fale com a Fátima). Não é verdade que a PM-DF prendeu três suspeitos que confessaram ter recebido R$ 200 de dirigentes do PT para atear fogo a ônibus na manifestação antidemocrática que terminou em vandalismo na segunda-feira (12) em Brasília, como afirma a publicação checada. As fotos que vêm sendo compartilhadas mostram detentos que fugiram da cadeia pública de Andirá (PR) na madrugada de terça-feira (13). Na ocasião, vinte presos escaparam através de um buraco cavado dentro de uma das celas. Ao menos quatro homens já foram recapturados pela polícia paranaense. Até a publicação desta checagem, não houve prisões em razão dos atos de vandalismo e violência na capital federal, como informado pela SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal). O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes deu prazo até esta sexta-feira (16) para que o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o governador do DF, Ibaneis Rocha, expliquem as medidas adotadas durante os atos em Brasília na segunda. Na tarde de segunda, manifestantes se reuniram em diferentes pontos da cidade, desde o período da manhã, para protestar contra a diplomação de Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), que ocorreu na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária do indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, em meio a uma investigação contra atos antidemocráticos. A prisão do indígena desencadeou uma onda de violência praticada por manifestantes que estavam em Brasília. Carros e ônibus foram incendiados, viaturas do Corpo de Bombeiros foram apedrejadas, barricadas foram feitas com botijões de gás, e postes foram depredados. Antes mesmo do início dos episódios de violência, passaram a circular nas redes sociais publicações que acusavam, sem evidências, a presença de "infiltrados" de esquerda nas manifestações. A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (15) operação contra bolsonaristas suspeitos de organizar atos antidemocráticos em sete estados. De acordo com o G1, há mais de cem mandados de busca e apreensão, e quatro pessoas foram presas preventivamente.
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