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| - É falso que indígenas tentaram invadir um prédio do governo da Bahia para cobrar dinheiro prometido na passeata contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), como dizem postagens nas redes (veja aqui). O vídeo compartilhado mostra, na verdade, uma manifestação pela educação indígena que aconteceu em 26 de abril, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador.
O conteúdo enganoso reunia ao menos mil compartilhamentos no Facebook até a tarde desta segunda-feira (2). Publicações semelhantes também circulam no WhatsApp, onde não é possível estimar o alcance (Fale com a Fátima).
Os índios querendo invadir a Governadoria da Bahia para cobrar o dinheiro prometido na passeata contra o Presidente da República Bolsonaro em Porto Seguro-BA.
Um vídeo em que indígenas tentam invadir um prédio do governo na Bahia é compartilhado nas redes sociais com a legenda enganosa de que eles estavam ali para cobrar dinheiro prometido pela gestão Rui Costa (PT), em passeata contra Jair Bolsonaro (PL).
Trata-se, na verdade, do registro de uma manifestação com reivindicações em favor da educação escolar indígena, segundo o Mupoiba (Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia). Os manifestantes estavam em Salvador para o 4º Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia.
A motivação do protesto aparece em relatos da imprensa local e em nota publicada pelo governo da Bahia no dia da manifestação. O ato foi reprimido por policiais militares, que usaram gás de pimenta.
Na última quinta-feira, 28 de abril, o governo baiano se reuniu com os indígenas para retomar o diálogo. A principal reivindicação apresentada foi a equiparação salarial dos professores indígenas com os demais docentes da rede pública estadual.
Em nota enviada ao Aos Fatos, a assessoria do governo da Bahia disse que a alegação presente na peça desinformativa é falsa e que “o acampamento indígena conta com o apoio e incentivo do da Bahia, que está ao lado dos povos indígenas na defesa de suas pautas e na luta contra os retrocessos no âmbito federal”.
Protesto. A manifestação contrária ao presidente Jair Bolsonaro (PL) referida nas peças de desinformação aconteceu em Porto Seguro no dia 22 de abril, data em que o presidente visitou a cidade para participar de uma homenagem à chegada dos portugueses ao Brasil. O protesto foi organizado por ativistas da comunidade Pataxó, uma das etnias representadas no acampamento em Salvador.
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