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| - A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) não foi indicada para comandar a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, como sugerem postagens nas redes sociais (veja aqui). A assessoria da parlamentar desmentiu o boato e disse que ela, assim como as outras 76 deputadas que compõem a bancada feminina, aparecem como titulares do órgão apenas protocolarmente, para que possam votar pelo sistema remoto da Casa. A titularidade, neste caso, não confere a Flordelis um cargo na secretaria, que é coordenada hoje pela deputada Professora Dorinha (DEM-TO).
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Inaceitável! Ré pela morte do marido, Flordelis é indicada para a Secretaria da Mulher na Câmara
Postagens nas redes sociais alegam que Flordelis assumiu um cargo na Secretaria da Mulher ao aparecer como titular do órgão em sua página na Câmara dos Deputados. Mas na verdade trata-se de um ato burocrático conferido a toda bancada feminina, composta por 77 deputadas, para que possam votar remotamente pelo sistema da Casa.
Por e-mail ao Aos Fatos, a assessoria da deputada Flordelis confirmou a situação, e disse que, além de não ter sido convidada para exercer nenhum posto de liderança dentro da estrutura da secretaria, a parlamentar não possui interesse em assumir qualquer cargo já que está focada no exercício do seu mandato e em sua defesa na Justiça. Ela é ré acusada de ter mandado matar seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.
Todas as deputadas do Parlamento, exceto as que não estavam exercendo o mandato (confira aqui e aqui), passaram a ser titulares no dia 2 de fevereiro, um dia antes de Arthur Lira (PP) ser eleito como presidente da Câmara. Posteriormente, deixaram de ser titulares aquelas que foram eleitas para assumir a mesa diretora da Casa (confira aqui, aqui e aqui).
Os cargos na coordenadoria e procuradoria da Secretaria da Mulher são definidos em eleição entre as próprias deputadas. Para que possam votar, precisam compor a secretaria primeiro, e, por isso, todas foram incluídas como titulares, informou o UOL. As eleições para o novo comando da secretaria devem ocorrer em março ou abril.
Atualmente, a coordenadora-geral do órgão é a deputada Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), que desmentiu o boato. As coordenadoras-adjuntas são: Tereza Nelma (PSDB-AL), Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Tábata Amaral (PDT-SP). Por meio de sua conta no Twitter, Sâmia disse que Flordelis não é e nunca foi “Secretária da Mulher”, uma vez que esse cargo sequer existe.
Acusada. A deputada Flordelis é acusada de ter assassinado o seu marido, Anderson do Carmo, em junho de 2019, e recentemente retornou aos trabalhos na Câmara usando uma tornozeleira eletrônica. A congressista não foi afastada do cargo por ter imunidade parlamentar, e o processo que visa a cassação do seu mandato está parado desde o ano passado.
Esta peça de desinformação também foi checada por AFP Checamos, Boatos.org e Lupa.
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