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| - “Na semana passada João Soares apareceu no programa ´Isto é gozar com quem trabalha` e anunciou uma nova lacuna na lei do capital que diz poder transformar qualquer pessoa num milionário dentro de 3 a 4 meses. João Soares incitou todos os portugueses a aproveitarem esta grande oportunidade antes que os grandes bancos a fechassem para sempre”, destaca-se na página online em que é visível o logótipo, o grafismo e até o nome de uma jornalista do jornal “ECO”.
“Infelizmente, o tempo de antena terminou antes que João Soares pudesse demonstrar o software. Mas conseguimos realizar uma entrevista exclusiva com ele e agora apresentamos este incrível software aos nossos leitores”, lê-se mais à frente na suposta notícia. Seguem-se várias declarações atribuídas ao ex-presidente da Câmara de Lisboa em que promove investimentos em criptomoeda e partilha os lucros que obteve através da “Bitcoin Advance”.
João Soares promoveu este tipo de investimento no programa da SIC?
Não. As declarações são falsas, bem como a notícia que as apresenta e na qual é utilizada uma cópia que falsifica o grafismo do site do jornal “ECO”.
João Soares foi convidado do programa de humor, “Isto é gozar com quem trabalha”, no dia 11 de outubro de 2020. No entanto, todas as declarações atribuídas ao ex-presidente da Câmara de Lisboa durante a entrevista a Ricardo Araújo Pereira são apócrifas, tal como pode confirmar aqui.
Questionado pelo Polígrafo, João Soares confirmou a falsidade de todas as afirmações que lhe são imputadas nesta e em outras notícias falsas que o relacionam com investimentos em vários tipos de moeda digital.
O ex-ministro da Cultura já tinha reagido na sua página de Facebook, no dia 4 de fevereiro, depois de ter recebido várias publicações e ligações idênticas em que a narrativa falsa da entrevista é replicada e o seu nome é indevidamente utilizado.
Em suma, conclui-se que a notícia em análise é falsa e possivelmente fraudulenta, bem como as restantes réplicas em que João Soares surge associado à promoção de investimento em Bitcoin.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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