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| - “Nunca se esqueça do facto de que Adolf Hitler foi o ‘Homem do Ano’ para a revista ‘Time’ em 1938. Moral da história: os órgãos de comunicação social mainstream nem sempre são de confiança”, lê-se numa das publicações, em língua inglesa.
Desde 1927 que a revista “Time” elege a “Personalidade do Ano”, destacando-a como tema de capa. Em 1938, de facto, essa distinção foi atribuída a Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista, na véspera de iniciar a II Guerra Mundial.
Importa porém ter em atenção os critérios de tal distinção pela revista norte-americana. O facto é que não é necessariamente atribuída a uma figura de relevo com uma conotação positiva. Tal como explica a revista, “os editores são chamados a escolher a pessoa ou evento que teve um maior impacto nas notícias do ano, para o bem ou para o mal“.
Uma das escolhas mais controversas da publicação norte-americana foi a de Adolf Hitler, em 1938. No entanto, tal como justificou a revista nesse artigo: “A escolha recaiu sobre Hitler por este se ter tornado em 1938 na maior força ameaçadora que o mundo democrático e livre enfrenta hoje”.
Além disso, a edição em que Hitler foi nomeado dispensou o tradicional retrato da “Personalidade do Ano” que surge tipicamente na capa da publicação. Em sua substituição foi escolhida uma ilustração em que Hitler é representado como uma pequena figura. “Está de costas viradas para o leitor, a tocar um órgão enorme com as suas vítimas mortais a girarem numa roda de Santa Catarina” , descreve-se noutro artigo da “Time”.
“Do profano organista, um hino de ódio“, salienta-se na legenda da ilustração.
Desde que a revista iniciou a eleição anual, várias figuras polémicas têm sido escolhidas, incluindo Joseph Stalin em 1939, Nikita Khruschchev em 1957 e o Ayatollah Khomeini em 1979.
Também a escolha de Donald Trump em 2016 gerou controvérsia, com a “Time” a lançar então um desafio aos leitores. “Esta é a 90ª vez que escolhemos uma figura de grande influência, pelo bem ou pelo mal, atendendo aos acontecimentos do ano. E este ano foi pelo melhor ou pelo pior? No caso de Donald Trump, o desafio é perceber como o país se divide sobre esta questão”, destacou a revista.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
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Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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