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  • O exercício “consistiu na ‘simulação de um surto de um novo coronavírus‘ de âmbito mundial no qual, ‘à medida que os casos e mortes se avolumam, as consequências tornam-se cada vez mais graves’ devido ‘ao crescimento exponencial semana a semana'”, acrescenta-se no texto da publicação em causa. “Ninguém ouvira falar ainda de qualquer caso de infecção: estávamos a 20 dias de o jornal britânico ‘The Guardian’ noticiar o aparecimento na China de uma nova doença respiratória provocada – soube-se só algumas semanas depois – por um novo coronavírus. Os dons proféticos dos expoentes do neoliberalismo são, sem dúvida, admiráveis”, conclui-se. Verdade ou falsidade? De facto, em outubro de 2019, um grupo de 15 pessoas, incluindo especialistas em Saúde, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), académicos e responsáveis por empresas privadas de vários países, realizaram um exercício – denominando como “Event 201” – sobre “como responderiam perante o surto de um novo vírus?” “Imaginando um coronavírus com origem no Brasil, o grupo reunido em Nova Iorque tinha de criar um conjunto de medidas para conter a epidemia. Sendo possível identificar vários pontos em comum entre este cenário ficcional e o real provocado pelo coronavírus com origem na China que o mundo enfrenta atualmente, o exercício, promovido pelo Fórum Económico Mundial, pela ONG Johns Hopkins Center for Health Security e pela fundação Bill & Melinda Gates, está agora a ser recordado. A simulação durou três horas e meia e no final estimava-se que durante um surto global deste género, com duração de 18 meses, morreriam 65 milhões de pessoas em todo o mundo“, noticiou a rádio TSF, a 29 de janeiro de 2020. “No cenário imaginado, o novo coronavírus, designado CAPS, tinha origem em morcegos e começava por infetar porcos acabando por contaminar agricultores no Brasil. O vírus transmitiu-se depois entre humanos, lentamente numa primeira fase, mas depressa se espalhou em cidades densamente habitadas por pessoas com baixos rendimentos. Os países com mais ligações aéreas ao Brasil foram os primeiros afetados, incluindo Portugal, EUA e China, e eventualmente todos os países do mundo registaram casos”, descreve-se na notícia. “Durante os primeiros meses o número de contágios duplicou a cada semana e só depois de um ano foi descoberta uma vacina, altura em que o surto começou a abrandar“, prossegue-se. “Em debate, o grupo enfrentou os dilemas do coronavírus ficcional, discutiu possíveis soluções e determinou as medidas a adotar nos setores da Saúde, mas também político e financeiro, perante a iminência de uma crise financeira global. O objetivo era discutir as possíveis respostas a um surto hipotético, mas cientificamente plausível“. A realização deste exercício e a ligação do mesmo à Bill & Melinda Gates Foundation têm inspirado diversas teorias de conspiração que circulam a grande velocidade nas redes sociais no contexto da pandemia do coronavírus. Mas o facto é que desde há muitos anos que Bill Gates, fundador da Microsoft, vinha alertando para a possibilidade de surgir uma epidemia à escala global de um novo vírus. Tal como o Polígrafo verificou recentemente, Bill Gates apresentou uma TED Talk em 2015, intitulada como “The next outbreak? We’re not ready” (“A próxima epidemia? Não estamos preparados”). Nessa palestra, o empresário e filantropo norte-americano avisou que se eclodisse um surto epidémico, o mundo não estaria preparado para o suster. “Se alguma coisa matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é mais provável que seja um vírus altamente infeccioso e não uma guerra. Não mísseis, mas micróbios. (…) Investimos muito pouco num sistema para impedir uma epidemia. Não estamos prontos“, afirmou na altura. Na mesma palestra, o empresário e filantropo apontou o exemplo do vírus do ébola que só não se propagou mais devido à sua natureza: “O ébola não se transmite pelo ar“. “Da próxima vez, podemos não ter tanta sorte”, alertou Bill Gates. “Podemos ter um vírus em que as pessoas se sintam bem o suficiente enquanto estão infetadas para entrar num avião ou ir ao mercado. A fonte do vírus pode ser uma epidemia natural como o ébola, ou pode ser bioterrorismo“. “Vejamos um modelo de vírus espalhado pelo ar, como a gripe espanhola em 1918. O vírus iria propagar-se pelo mundo muito, muito rapidamente. Mais de 30 milhões de pessoas morreram da gripe espanhola. Portanto, este é um problema sério. Devemos estar preocupados“, sublinhou. *** Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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