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| - “Foram encontrados os supostos balões que iniciam os incêndios. Custam muito a rebentar e têm um fio lá dentro, talvez com pólvora. Quem os encontrar pode guardar para entregar à GNR”, descreve-se no post de 14 de julho no Facebook, partilhado por centenas de pessoas.
Esta publicação foi enviada ao Polígrafo por um leitor, com pedido de verificação de factos, mas a desconfiança parece ser geral.
Na caixa de comentários, por exemplo, alguém questiona sobre se os balões foram mesmo encontrados, onde, quando, por quem e que encaminhamento deram as autoridades, deixando até um aviso: “Informo que se não obtiver resposta, inclusive algo que comprove a veracidade destes factos aqui apresentados, denunciarei o perfil.”
De facto, contactada pelo Polígrafo, fonte oficial da Guarda Nacional Republicana (GNR) indica não ter “registo de ocorrências ou denúncias que envolvam os artefactos apresentados na fotografia, nem que estejam a ser utilizados como meios de ignição de incêndios“.
Ainda que não haja, até agora, registo deste tipo de ocorrência, a GNR não deixa de apelar a que, “no caso de serem encontrados artefactos similares ou outros passíveis de serem percutores de incêndio florestal”, o contacto com a GNR seja feito. Além disso, os cidadãos devem ainda evitar o “contacto com o objeto por forma a permitir a recolha de indícios no local”.
Recorde-se que, de acordo com o “8.º Relatório Provisório de Incêndios Rurais de 2021“, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), apenas 23% dos incêndios em Portugal no ano de 2021 foram atribuídos a “incendiarismo relacionado a indivíduos imputáveis”.
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