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  • Fernando Nobre, presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), está a ser identificado como autor de um texto negacionista da Covid-19. O post tem sido partilhado nas redes sociais e foi reportado ao Facebook e ao Polígrafo como sendo potencialmente falso. Neste, defende-se a necessidade de “parar a loucura em curso, com o último coronavírus, sustentado por uma desinformação e manipulação gigantescas desde há muitos meses”. Considera-se ainda que existe uma suposta política de “silenciamento (medo, acomodação, subornos e/ou conflitos de interesse insanáveis?) a todos os níveis de classes profissionais determinantes nesta circunstância e supostamente bem informadas e esclarecidas neste assunto”. Nas publicações, pode ler-se que o médico se recusa a “ser ‘testado’ por testes nada fiáveis”, “a andar açaimado durante horas num avião” e “a participar nesta verdadeira fantochada macabra e de todo injustificável”. O autor vai mais longe e afirma que não aceita tomar “a dita vacina contra esse vírus muito mutante”, por ser “inútil e muito pergiosa” e que também rejeita “ser chipado” ou “vigiado por qualquer aplicação telemóvel ou antena 5G”. “Assumirei esta minha decisão até às últimas consequências”, é a garantia deixada. Mas foi mesmo Fernando Nobre quem escreveu este artigo? A alegada opinião do presidente da AMI foi partilhada em múltiplas publicações. Numa delas, o utilizador do Facebook mostra uma captura de ecrã do texto numa conta com o nome Fernando de la Vieter – o nome completo do médico é Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre. A conta não foi encontrada numa pesquisa feita pelo Polígrafo, algo que pode ser consequência das políticas de privacidade do gestor da página. Aliás, contactado várias vezes pelo nosso jornal, o médico nunca respondeu às perguntas sobre as afirmações que lhe foram atribuídas. Numa outra publicação, o utilizador garante que Fernando Nobre lhe confirmou por mensagem de telemóvel ser o autor das opiniões polémicas: “Os meus textos são estritamente: do cidadão, médico e professor Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre. Nada têm a ver com a AMI nem com a Faculdade de Medicina obviamente! Tal já aconteceu quando fui candidato à presidência da república e ao parlamento!!! Sou, antes de tudo, um cidadão que tem o direito e o dever de se expressar! Obrigado.” Já com estas publicações a circularem de forma viral na Internet, Fernando Nobre escreveu um pequeno texto sobre a pandemia, numa publicação a 22 de agosto na sua página oficial – informação confirmada pela AMI ao Polígrafo – e que foi publicada no Minho Digital. Uma opinião com um tom diferente daquela que aparece na missiva que lhe foi atribuída nas redes sociais. “O facto de haver anticorpos no organismo não quer dizer que a pessoa esteja doente, apenas que esteve em contacto com o vírus e desenvolveu a sua própria defesa imunitária. Para haver doença é preciso que haja sintomas”, diz o presidente da AMI, ao falar sobre o que considera ser a “grande confusão” sobre os testes de despistagem da Covid-19. O professor universitário apela a que se redobrem cuidados com os idosos ou pessoas com sistema imunitário fragilidade e que se tomem medidas preventivas como o reforço da etiqueta respiratória e a higienização das mãos. No entanto, também defende que se deve retomar a vida normal. “O medo leva a comportamentos irracionais, paralisa a capacidade de pensar e questionar. Pode-nos tornar reféns de interesses pouco claros”, acrescenta. “O medo leva a comportamentos irracionais, paralisa a capacidade de pensar e questionar. Pode-nos tornar reféns de interesses pouco claros”, defende Fernando Nobre. O médico, que já foi candidato à Presidência da Republica, assume estar “muito preocupado” com os efeitos colaterais que a pandemia provocou e que considera irão agravar-se nos “próximos meses”: “Desemprego, pobreza, fome e uma crise social gravíssima está em curso.” Fernando Nobre refere ainda que “as doenças não se combatem com o medo, mas sim com prevenção e medidas coerentes pensadas por uma comunidade científica bem informada e sem conflitos de interesses que limitem a sua ética”. No final, deixa a garantia de não se calar na defesa daquilo que considera ser o mais correto. “Correndo o risco de por vezes ser mal interpretado, não deixarei, como sempre o fiz, de expressar a minha opinião e de lutar pelo que sempre guiou a minha vida. A Humanidade, a Liberdade, a Ética, os Direitos Humanos e a Democracia”, concluiu. A polémica causada dela publicação que se tornou viral nas redes sociais levou mesmo José Miguel Júdice, advogado, comentador político residente na SIC e cronista no Expresso, a fazer uma breve referência ao assunto num artigo de opinião intitulado “A ‘silly season’ já não é o que era…” e publicado no referido semanário: “(…) o forte texto de Fernando Nobre, presidente da AMI – Assistência Médica Internacional, a que não creio que ‘media’ algum tenha dado relevo, contra a forma como o combate ao Covid [sic] está a ser feito, que é discutível mas merece ser lido.” Contudo, no dia 1 de setembro, o comentador político disse na SIC Notícias ter sido vítima de uma fake news e pediu desculpa a Fernando Nobre: “É falso. Ele publicou o comunicado correto. Eu falhei.” Já muito antes, a 7 de maio, no canal no Youtube da Fundação AMI foi publicado um vídeo no qual Fernando Nobre fala sobre a Covid-19. No entanto, não enuncia nenhum dos argumentos utilizados na opinião que tem circulado nas redes sociais. O médico limita-se a explicar alguns factos sobre o novo coronavírus, como a origem, os possíveis tratamentos e as consequências que podia provocar em Portugal e no resto do mundo. Ainda que na posição oficial que publicou no Facebook, o antigo candidato a Presidente da República deixe, indiretamente, algumas dúvidas quanto a possíveis conflitos de interesses relacionados com a pandemia, o médico nunca diz que a Covid-19 é resultado de uma conspiração, nem põe em causa os testes e a possível vacina. Assim, conclui-se que o texto não foi escrito por Fernando Nobre. _________________________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Falso: as principais alegações dos conteúdos são factualmente imprecisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Falso” ou “Maioritariamente Falso” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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