schema:text
| - A fonte mais credível para aferir sobre o grau de corrupção que caracteriza um país é o Índice de Percepção de Corrupção, um relatório divulgado anualmente pela organização Transparência Internacional.
De acordo com o mais recente (disponível aqui), de 2022, em 180 países e territórios analisados, Portugal situa-se na 33.ª posição com 62 pontos, numa tabela encimada pela Dinamarca (na 1.ª posição, correspondente ao país menos corrupto do mundo) com 90 pontos. Seguem-se a Finlândia e a Nova Zelândia, ambos com 88 pontos.
Na última posição da tabela queda-se a Somália que, numa escala que vai de zero (altamente corrupto) a 100 (nada corrupto), obtém apenas 12 pontos. Síria (13 pontos), Sudão do Sul (13 pontos) e Venezuela (14 pontos) também estão no fundo da tabela.
Ou seja, Portugal não sobressai na “33.ª posição dos países mais corruptos do mundo”. As pontuações da tabela devem ser lidas de forma invertida, isto é, de acordo com a referida escala de que vai de zero (altamente corrupto) a 100 (nada corrupto). Na interpretação correta, Portuga sobressai na 33.ª posição dos países menos corruptos do mundo e não o inverso.
Esta é uma das piores classificações de sempre de Portugal no Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional. Em 2019, por exemplo, estava na 30.ª posição com 62 pontos.
Mas não é a pior de sempre, desde logo porque é quase similar à de 2020, quando ficou na 33.ª posição com 61 pontos.
Em 2009, numa lista constituída também por 180 países, já tinha sido classificado na 35.ª posição, com 5,8 pontos (a escala de pontuação foi entretanto modificada).
Mais, em 2012 também já tinha ficado na 33.ª posição, ao lado de Butão e Porto Rico, com 63 pontos. O mesmo se aplica a 2013, mais uma vez na 33.ª posição, ao lado de Porto Rico e São Vicente e Granadinas, com 62 pontos.
____________________________
Avaliação do Polígrafo:
|