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| - “O senhor general Ramalho Eanes mais uma vez não me desiludiu! Um exemplo e uma referência de patriotismo e verticalidade num país desorganizado, órfão de valores imprescindíveis a uma nação digna, mas repleto de ‘artistas’ que não perdem uma oportunidade para ‘furar a fila'”, salienta o autor da publicação em causa, denunciada como sendo falsa ou enganadora.
Trata-se, porém, de informação verdadeira, recolhida a partir de um artigo do jornal “Expresso”, publicado na edição de 5 de fevereiro de 2021, com o seguinte título: “Ferro Rodrigues acusa deputados de ‘populismo'”.
“Entre os conselheiros de Estado, outro grupo que o Governo colocou na lista dos titulares a vacinar, também há sensibilidades várias. António Lobo Xavier, que já teve Covid-19, diz que só será vacinado se o Presidente da República a isso o obrigar. Mas Marcelo Rebelo de Sousa só indicou quatro pessoas do Palácio de Belém – ele próprio, um médico e duas enfermeiras”, lê-se no artigo.
“O ‘Expresso’ sabe que outros membros do Conselho de Estado entendem que, por não integrarem grupos de risco, devem esperar pela sua vez como qualquer cidadão. E o ex-Presidente da República Ramalho Eanes, confirmou o ‘Expresso’, também quer dispensar a vacina como conselheiro de Estado, preferindo ‘esperar pela sua vez como octogenário‘”, acrescenta-se.
Segundo o jornal “Expresso”, vários membros do Conselho de Estado “entendem que, por não integrarem grupos de risco, devem esperar pela sua vez como qualquer cidadão. E o ex-Presidente da República Ramalho Eanes, confirmou o ‘Expresso’, também quer dispensar a vacina como conselheiro de Estado, preferindo ‘esperar pela sua vez como octogenário'”.
Na mesma publicação também se faz referência a uma outra citação atribuída a Ramalho Eanes que passamos a transcrever: “Serão erros inaceitáveis, uma comunidade nacional assenta na confiança, na colaboração, na responsabilidade social e tudo isto implica que cada um respeite integralmente aquilo que são os direitos do outro e não utilize vias menos corretas para obter benefícios que não são devidos“.
O Polígrafo também confirma a veracidade desta citação, recolhida a partir de uma notícia da rádio Renascença, datada de 5 de fevereiro. O antigo Presidente da República respondia a uma pergunta relacionada com o novo coordenador do plano de vacinação e os múltiplos casos de vacinação indevida detectados em Portugal.
Nessa resposta, Ramalho Eanes afirmou também que “as trapalhadas em relação ao processo de vacinação não terão sido tão grandes quanto este ruído informativo tem aparentado. Houve erros evitáveis, erros que não deviam ter sido cometidos e por isso os responsáveis não são apenas o coordenador do plano, mas os portugueses, em especial os que cometeram esses erros”.
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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:
Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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