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  • É uma canção que teima em não envelhecer e, a espaços, é recuperada em versões de artistas que nem sequer eram nascidos no ano em que foi gravada pela primeira vez: 1975. O autor, Alan Merrill, americano, líder dos Arrows, banda radicada em Londres, confessou, em entrevista ao site Songfacts, que escreveu a canção para responder a um tema dos Rolling Stones. “Foi uma resposta automática a ‘It’s Only Rock and Roll (and I Like It)’ dos Rolling Stones. Lembro-me de ver [o video-clip] no Top of The Pops [programa de música da BBC].Cruzei-me com o Mick Jagger em algumas situações, e sabia que ele andava muitas vezes com Rupert Loewenstein [aristocrata, conselheiro financeiro e gestor de fortuna dos Stones] e pessoas do género – jet set. Pareceu-me que ‘It’s Only Rock and Roll’ era uma espécie de pedido de desculpa àqueles príncipes e princesas do jet set – a aristocracia, percebe?! Essa foi a minha interpretação, quando era jovem. OK, eu adoro Rock and Roll. E depois? O que é que se faz? Escreve-se uma uma canção de três acordes que fique no ouvido.’ Até parece simples… E assim nasceu “I Love Rock and Roll”. Não seria Alan Merrill, nem os Arrows, a levar o tema ao seu mais elevado patamar de popularidade. A fama estava a 6 anos e um oceano de distância. A reinterpretação de 1981, de Joan Jett e da sua banda, os Blackhearts, tornou a canção incontornável, capaz de, ainda hoje, incendiar pistas de dança. Mas a versão de 1981 não foi a primeira tentativa de Jett catapultar o tema. De acordo com o site Songfacts Joan Jett cruzou-se pela primeira vez com a canção quando estava em digressão por Inglaterra com a sua banda de então, o quinteto feminino The Runaways. Sugeriu às suas companheiras gravarem uma versão, mas a proposta não foi bem acolhida. A rocker não desistiu e, em 1979, gravou o tema pela primeira vez com a colaboração de Paul Cook e Steve Jones, dos Sex Pistols. Foi lado B de um single. Dois anos depois, Jett acertou em cheio. A canção tem sido reinterpretada por diversos artistas ao logo dos anos como, por exemplo, os L.A. Guns, banda que viria a fundir-se com os Hollywood Rose, dando origem à primeira formação dos Guns n’ Roses. Todavia, o tema continua a soar melhor nas vozes femininas – talvez por ter sido Joan Jett a incrustar a canção de forma mais consistente no nosso imaginário -, como sucede com a versão cantada de Britney Spears. Mesmo sem conseguir levar a canção para um patamar de intensidade próximo da versão de Joan Jett, “I Love Rock and Roll” fica-lhe muito bem. Avaliação do Polígrafo:
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