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  • O caso remonta a 2019, mas só foi tornado público a 7 de setembro de 2021 quando a Radio-Canadá teve acesso a um vídeo que apresentava uma “cerimónia de queima de purificação”. Na Providence Catholic School Board, em Ontário, no Canadá, um agrupamento de 30 escolas primárias e secundárias de língua francesa retirou das bibliotecas cerca de 5.000 livros infantis por alegadas ofensas a povos indígenas. Os livros banidos foram retirados das prateleiras como um gesto de “reconciliação com as primeiras nações”. De acordo com a Rádio-Canada, o vídeo mostrava livros a serem queimados sob a alegada justificação de “motivos pedagógicos”. As cinzas dos livros foram utilizadas depois como fertilizante para plantar uma árvore e, segundo a explicação do vídeo, “transformar o negativo em positivo”. No Canadá, um grupo de escolas retirou das bibliotecas cerca de 5.000 livros infantis selecionados e censurados por alegadas ofensas a povos indígenas. Os livros banidos foram retirados das prateleiras como um gesto de “reconciliação com as primeiras nações”. A autoria do vídeo é de Suzy Kies, membro do comité de revisão, autointitulada investigadora independente e, desde 2016, vice-presidente da comissão dos povos indígenas do Partido Liberal, liderado pelo primeiro-ministro, Justin Trudeau. No vídeo de 2019, Kies surge a explicar aos alunos os motivos da cerimónia: “Enterramos as cinzas do racismo, da discriminação e dos estereótipos na esperança de crescer num país inclusivo, onde todos possam viver com prosperidade e segurança.” Para Suzy Kies, as personagens indígenas presentes nos livros infantis são representadas como “não confiáveis, preguiçosas, bêbados e estúpidos. Quando perpetuamos este tipo de imagem nas mentes dos mais jovens, é difícil eliminá-la. As pessoas entram em pânico com a queima de livros, mas estamos a falar de milhões de livros que contêm imagens negativas de povos indígenas, que perpetuam estereótipos e que são realmente prejudiciais e perigosos“. “As pessoas entram em pânico com a queima de livros, mas estamos a falar de milhões de livros que contêm imagens negativas de povos indígenas, que perpetuam estereótipos e que são realmente prejudiciais e perigosos”. Para a seleção dos livros, foi formado um comité de membros do conselho escolar e peritos indígenas que analisaram centenas de livros infantis. Também o ministro da Educação de Ontário, Stephen Lecce, esteve presente na queima dos livros, mas não fez parte do processo de seleção. No total, foram selecionados 4.716 livros a ser banidos pelas bibliotecas do conselho escolar em 30 escolas, uma média de 157 livros por escola. Foram ainda retirados livros com referência a termos pejorativos para descrever os esquimós ou que fizessem menção à palavra “índio” ou “ameríndio”. Das Aventuras de Tintin, de Hergé, foram banidos os exemplares de “Tintim na América”, publicado em 1932, por “linguagem inaceitável, informação incorreta, imagens negativas dos povos indígenas e representações aborígenes ofensivas”. Em “Astérix e os Índios”, também alvo de censura, foi referenciada a alegada sexualização de uma jovem nativa que se apaixona por Obélix e que é representada com um decote e uma minissaia. “Quem é que correria na floresta com uma minissaia? Desenvolvemos aquilo a que se chama de selvajaria sexual, a imagem das mulheres indígenas como sendo mulheres fáceis”, disse Suzy Kies à Rádio-Canada. Entre os livros censurados estão também exemplares do Lucky Luke, indiciados pelo comité por apresentar uma imagem de desequilíbrio de poder entre brancos e aborígenes, por vezes representados como bandidos. Também “Pocahontas” é alvo de menção, “ela é tão sexual e sensual que para nós, mulheres nativas, é perigoso”, afirmou Suzy Kies. Um dia após a publicação da Rádio-Canada, a 8 de setembro, Suzy Kies demitiu-se do seu cargo de vice-presidente da comissão dos povos indígenas do Partido Liberal, depois da sua hereditariedade indígena ter sido posta em causa. ____________________________________ Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social. Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é: Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos. Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:
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