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  • “Estes cinco jovens deputados envergonharam a democracia ao aceitarem ser vacinados antes dos idosos que correm risco de vida em face da pandemia que afeta gravemente o país. Deveriam ter vergonha e olhar para o exemplo do líder do PCP, Jerónimo de Sousa, que com 73 anos não aceitou a inexplicável benesse oferecida aos deputados da Assembleia da República”, alega-se no texto da publicação em causa. Confirma-se que cinco jovens deputados entre 32 e 41 anos de idade “aceitaram ser vacinados antes dos idosos”? A carta endereçada por Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, a António Costa, primeiro-ministro, que continha uma lista de 50 deputados prioritários na vacinação, incluía os nomes dos cinco deputados referidos na publicação. No entanto, após a divulgação da lista, vários deputados recusaram a prioridade na vacinação e quase todos os partidos questionaram o plano delineado. Questionado pelo Polígrafo sobre a inclusão destes deputados na lista, o PS remeteu para uma outra carta que o respetivo Grupo Parlamentar enviou a Ferro Rodrigues. Nessa missiva, assinada por Ana Catarina Mendes, líder da bancada parlamentar do PS, indica-se que apenas o presidente e vice-presidentes da Assembleia da República “devem constar do grupo a ser vacinado de imediato, como primeira prioridade na Assembleia da República, evoluindo-se para os restantes grupos nas semanas e meses seguintes, de forma articulada com o ritmo do plano nacional e como já resultava do pedido do primeiro-ministro”. De acordo com essa proposta do PS, os restantes deputados só serão vacinados no final da primeira fase, ou seja, no final de março. Mais, uma das deputadas visadas na publicação, Maria Begonha, apesar de fazer parte da lista inicial, anunciou no dia 1 de fevereiro que não aceitava a prioridade na vacinação que lhe seria concedida. [facebook url=”https://www.facebook.com/maria.begonha/posts/10159023467693351″/] Questionado pelo Polígrafo sobre a mesma matéria, o PCP respondeu que “admite que alguns órgãos do Estado possam ser considerados nas diferentes fases da vacinação em função das suas atribuições e competências específicas, designadamente relevantes no combate à epidemia. Na sequência da discussão ocorrida na Assembleia da República a esse respeito, e admitindo que nesta fase só o presidente da Assembleia da República seja considerado para vacinação, o PCP indicou para eventual consideração, em momento posterior, apenas os seus deputados que integram a Mesa da Assembleia da República – o vice-presidente da Assembleia da República, António Filipe, e a Secretária da Mesa, Ana Mesquita. Foi esse o sentido em que o PCP deu aquela indicação”. Para os restantes deputados “aplicar-se-ão os critérios gerais definidos para a vacinação nas diferentes fases”. Nesse âmbito, o PCP destaca o exemplo de Jerónimo de Sousa, secretário-geral do partido, que “já explicitou ao dizer que tomará a vacina não como deputado mas sim como cidadão e utente do Serviço Nacional de Saúde, aguardando pela sua vez“. Quanto a Joacine Katar Moreira, deputada independente, não respondeu às questões do Polígrafo. As posições dos outros partidos com assento parlamentar são similares às do PCP e do PS, o que levou Ferro Rodrigues, em declarações ao jornal “Expresso”, a reagir com veemência: “Lamento muito que algumas pessoas e alguns grupos parlamentares achem que se combate o populismo sendo ainda mais populistas do que os populistas“. Em suma, os cinco jovens deputados referidos na publicação estavam na lista inicial delineada por Ferro Rodrigues, mas pelo menos quatro não deverão ser vacinados contra a Covid-19 até ao final de março, altura em que a maior parte dos idosos – com 80 ou mais anos de idade, segundo o que está previsto no plano de vacinação – já terá sido inoculada. De qualquer modo, ao integrarem a Fase 2 da vacinação, não deixarão de passar à frente de “toda a restante população elegível“, não prioritária, remetida para uma Fase 3 que ainda não tem calendarização definida. __________________________________ Avaliação do Polígrafo:
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