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| - “Essa é a equipa de ministros do Lula, quase todos corruptos e processados”, destaca-se numa publicação no Facebook, de 23 de dezembro. A tabela que se tornou viral desde a eleição de Lula da Silva divulga três informações: o nome, cargo e número de processos/crimes em que os governantes estão, alegadamente, envolvidos.
Sílvio Almeida, atual ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, surge com o maior número de processos: 542. Mas há outros nomes de governantes com dezenas de casos judiciais atribuídos.
A informação é verdadeira?
Não. Segundo a plataforma “Aos Fatos” que verificou esta lista, os números indicados não correspondem a delitos pelos quais os governantes tenham sido condenados. Segundo a plataforma de verificação de factos brasileira, os dados correspondem a dados do site “Jusbrasil”, que compila os processos judiciais brasileiros.
Ao pesquisar o nome de Sílvio Almeida nesta plataforma, surge um resultado de 548 processos. Ora, o atual ministro de Lula é também advogado, ou seja, as ações que surgem em seu nome incluem aquelas em que atua enquanto tal. Portanto, não é réu ou condenado nestes mais de 500 processos.
O método é repetido relativamente aos nomes que constam da lista. No caso do ministro da Justiça brasileiro, Flávio Dino, surgem 277 processos listados no “Jusbrasil”, os mesmo apontados na tabela em análise. Entre as ações que resultam da pesquisa estão várias em que Dino é o próprio autor da ação, por exemplo, um processo que moveu contra o senador Roberto Rocha que acusou de fazer “diversas acusações caluniosas e difamatórias” contra ele.
Casos idênticos registam-se na pesquisa pelos restantes nomes da lista. Ou seja, na maioria dos casos uma busca geral pelos nomes apresenta resultados para todo o tipo de envolvimento nos processos judiciais, sejam eles na parte acusada, ou na defesa ou autoria dos processos. Além disso, como ressalva o “Aos Fatos”, existe necessariamente uma quantidade variável de indivíduos brasileiros com o mesmo nome e apelido dos ministros, ou seja, coloca-se em causa se estão em causa processos que envolvem os governantes ou os seus homónimos.
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Avaliação do Polígrafo:
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