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  • A página chama-se Vamos Lá Portugal e tem todas as características das plataformas distribuidoras de desinformação: é anónima, divulga notícias verdadeiras e outras que, partindo de uma base de verdade, acabam por se transformar em pura fake news. Um dos últimos casos foi o de uma notícia com o seguinte título: “A verdade escondida nas campanhas de solidariedade, no final todos lucram, menos quem realmente precisa”. O texto tinha ao dia de hoje, 21 de Dezembro, mais de 8 mil “gostos” e outras tantas milhares de partilhas nas redes sociais. Um número muito vasto de leitores do Polígrafo solicitou a verificação desta informação. O alvo tem um nome: Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, que dias antes tinha feito uma campanha nacional de recolha de alimentos para ajudar os mais carenciados. O texto prossegue: “(…) essa acção [a campanha de recolha] conseguiu recolher cerca de 2600 toneladas de alimentos, segundo o que deu nos noticiários. Imaginando que cada pessoa comprou 2 produtos no supermercado, e que esses produtos em conjunto pesavam 1kg e custavam 50 cêntimos, façamos um pequeno cálculo: 2.500.000 x 0,5€ = 1.250.000€ (um milhão e duzentos e cinquenta mil euros) pagos pelos doadores nas caixas dos hipermercados.” Depois da exposição, os autores – que o Polígrafo não conseguiu contactar, uma vez que não há qualquer contacto disponível no site – tiram uma conclusão e deixam duas interrogações: uma pergunta uma conclusão e deixam uma insinuação. A conclusão: “O Estado arrecadou 287.500€ em IVA – Os hipermercados meteram ao bolso 375.000€, tendo em conta 30% de lucro que às vezes é bem mais.” As interrogações: - “Mais uma vez afirmo, acho louvável a ação de todos os voluntários nestas campanhas, mas não podemos esquecer que nem todos são voluntários…alguém faz ideia de quanto aufere da Srª Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar?” - “Ela que tanto apregoa ao voluntariado, porque não se voluntaria ela também? Porque lhe sabe bem a carteira recheada ao fim do mês, para comer bifes todos os dias. Partilhem, divulguem, façam a vossa parte que eu já fiz a minha!” Não tenho. Prescindi do meu salário. Porque acredito neste projeto. Mas vive como? Do ordenado do meu marido. Eu não ganho um tostão há 25 anos. Eu sou voluntária, prescindi do meu salário. É quase uma missão de vida. Foi uma opção de vida. Consultei a minha família. Disse que gostava do que fazia e que para fazer a diferença tinha de trabalhar muito. Até tive de deixar as traduções que fazia para Bruxelas. Na altura ganhei o concurso e ainda fiz durante dois anos. Mas trabalhava tanto aqui que fazia-as à noite. E tinha três filhos. E portanto não era possível. Eu decidi ser voluntária. E nunca ganhei um tostão que seja. Decidi oferecer o meu tempo. Quanto aos números revelados no texto, também eles estão manipulados. Aliás, Isabel Jonet não percebe sequer como é que se chegou aos valores em causa. “Ninguém pode saber o montante arrecadado. Os produtos (da lista) têm todos uma taxa de IVA diferente. Um pacote de leite, uma embalagem de cereais ou uma lata de salsichas têm valores diferentes deste imposto”, exemplifica. “Até os materiais envolvidos na logística da recolha das doações são pagos pelos supermercados”, acrescenta. Em relação ao ganhos do Estado com o dinheiro do IVA, a presidente do Banco Alimentar não vê qualquer problema: “Esse dinheiro é para o Orçamento de Estado, que é para ser gasto no bem público.” Em declarações ao Polígrafo depois de confrontada com o teor do texto, Isabel Jonet refuta tudo. “É sobretudo injusto. É o lado negro do ser humano a manifestar-se, em contraste com o lado abrangente e luminoso do caráter dos portugueses de todas as classes sociais. Um último tópico do texto do Vamos Portugal versa sobre o dinheiro ganho pelas televisões e operadoras telefónicas com as chamadas de valor acrescentado em campanhas de solidariedade, dando como exemplo as ações de solidariedade após as cheias na Madeira, em 2010: “A Acão (SIC) decorreu nas televisões portuguesas, naquelas famosas chamadas de 60 cêntimos + IVA, o que na realidade são 72 cêntimos (mais uma vez o estado a tirar o comer da boca dos pobres). O que eles não diziam na campanha é que ao bolso dos madeirenses apenas iriam chegar 50 cêntimos desses 0,72€. Então para onde vão os restantes 10 cêntimos? Para a PT que cobra 0,10€ por chamada“, acusam. Sobre isto, Isabel Jonet recusa pronunciar-se. Isto porque se existiram lucros, estes não foram para o Banco Alimentar: “Nunca, em 27 anos, fizemos uma campanha com chamadas de valor acrescentado.” Avaliação do Polígrafo:
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