schema:text
| - “Como é que uma pessoa sentada no primeiro patamar vê o que se passa no altar? Está tudo pensado… Esse espaço está reservado para os invisuais… Ou o palco mais absurdo jamais feito”, destaca-se num post de 25 de janeiro no Facebook, remetido ao Polígrafo com pedido de verificação de factos.
Apresenta uma imagem do altar-palco que vai receber o Papa Francisco no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), agendada para os dias 1 a 6 de agosto de 2023, num terreno ribeirinho junto à Ponte Vasco da Gama, entre os concelhos de Loures e Lisboa. Nessa imagem aponta-se para uma zona do primeiro patamar da infraestrutura, onde supostamente as “pessoas sentadas não conseguem ver o que se passa” no topo, local reservado para o Papa Francisco.
Questionada pelo Polígrafo sobre esta denúncia, fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa (CML) indicou que “é possível ter visibilidade nos ângulos, sim. Se me pergunta se há zonas onde a visibilidade é reduzida, sim, por isso é que servem os ecrãs. Não se garante que todos os talhões consigam ver, a todo o momento, aquilo que se passa em cima do palco, mas para isso é que servem os ecrãs”.
Por outro lado, a CML salientou que a dimensão do palco resulta em que “a visibilidade à frente está garantida, ou seja, as pessoas que estiverem nas filas da frente terão a distância ao palco suficiente para poderem perceber o que se passa no palco. Em relação a toda a área, estamos a falar de 100 hectares, de outra forma não seriam necessários os ecrãs. Os ecrãs vão permitir precisamente que haja essa visibilidade audiovisual“.
Também questionada pelo Polígrafo sobre esta matéria, a Fundação JMJ Lisboa 2023 respondeu que o altar-palco “é erguido, para ser visível por todos os peregrinos, a uma altura de quase três andares, contando com dois elevadores de apoio à mobilidade reduzida e escadaria central de acesso, além de uma cobertura que implica uma estrutura sólida e segura. Para esse efeito, a partir destas indicações iniciais, o Comité Organizador Local da JMJ Lisboa 2023 e a SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana desenvolveram um trabalho de arquitectura tendo chegado ao desenho final”.
Sobre a questão específica do primeiro patamar, contudo, não esclareceu.
De resto, a empresa responsável pelas obras de construção, Mota-Engil, não respondeu às questões endereçadas pelo Polígrafo.
___________________________
Avaliação do Polígrafo:
|