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  • A conta Twitter +Liberdade tem publicado uma série de dados sobre várias áreas (Economia, Política, Sociedade, entre outros). Num desses tweets, a pensar nas eleições autárquicas marcadas para setembro, refere-se que “há 31 autarquias (10% do total) que desde 1976 (ou desde a sua criação posterior) nunca mudaram de cor política”. Republicando esse tweet, o ex-presidente da Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, fala num caso concreto: o da freguesia de [Balasar], no concelho da Póvoa de Varzim, que, “além de nunca ter mudado de partido, nunca mudou de família”. Verdade? Escreveram-nos a relatar o caso da freguesia de Basalar que, além de nunca ter mudado de partido, nunca mudou de família. Foi presidida pelo pai e dois filhos desde 1975. Freguesia de monárquicos. https://t.co/LSoQd1HAuR — Carlos Guimarães Pinto (@cgpliberal) July 6, 2021 O Observador foi olhar para os dados oficiais da Comissão Nacional de Eleições para analisar o primeiro destes pontos: foi sempre o mesmo partido o escolhido para a Junta de Freguesia de Balasar? Resposta rápida: sim, o PSD venceu todas as eleições na freguesia desde que, a 12 de dezembro de 1976, se realizaram as primeiras eleições democráticas para o poder local. E quase sempre com maiorias absolutas. Aliás, apenas num caso, logo nas eleições de 1976, o PSD não conseguiu eleger para a maioria dos lugares daquele órgão. A partir daí, o que vemos é um domínio permanente por parte daquele partido. Nestes 45 anos, as votações oscilaram entre o mínimo de 44,98% dos votos (com direito a quatro dos nove mandatos elegíveis naquele ano de 1976) e o máximo de 85,31% dos votos (com a eleição de sociais-democratas para todos os lugares elegíveis, em 2005). Estes dados permitem confirmar que, de facto, como afirma Carlos Guimarães Pinto, em Balasar, uma freguesia que conta atualmente com cerca de 2700 habitantes, nunca o PSD conheceu a derrota. Há um ligeiro acerto face à afirmação de Guimarães Pinto (que fala em 1975, quando as primeiras eleições só aconteceram no ano seguinte), mas o ponto central é o de que, desde que os governantes locais são eleitos, o voto recaiu sempre sobre os sociais-democratas. Mas será verdade que, além de partido, nunca ali se tenha “mudado de família” na presidência da Junta de Freguesia? A Comissão Nacional de Eleições só disponibiliza parte dos dados relativos a quem foram os eleitos para cada um dos órgãos do poder local desde 1976. Para perceber se se confirma essa espécie de sucessão eleitoral monárquica na freguesia, o Observador contactou José Araújo, o atual presidente na localidade e candidato à reeleição para um terceiro e último mandato possível, devido à lei de limitação de mandatos. O autarca conta que “é verdade” que “desde que houve eleições” para o poder local, a escolha recaiu sobre membros da sua família. “Primeiro, foi o meu pai, depois, o meu irmão e, por fim, fui eu eleito.” O pai, Armindo Martins da Silva Araújo, presidiu à Junta de Freguesia de forma ininterrupta durante 17 anos, entre 1976 e 1993. Lino Araújo “foi convidado pelas pessoas da terra e pelo PSD” para concorrer às primeiras eleições livres. Venceu esse sufrágio e os quatro seguintes e, depois, viu o filho mais velho suceder-lhe no lugar. Lino Martins da Silva Araújo foi eleito nas eleições de 12 de dezembro de 1993, exatamente 17 anos depois da primeira eleição do pai. Voltou a concorrer — e a vencer — a todas as eleições até 2009. Nesse ano, dois meses depois de o irmão ser novamente eleito, José Araújo — que, pela primeira vez, tinha integrado as listas para umas eleições locais — foi forçado a assumir a presidência, devido à morte de Lino Araújo, por doença. “Eu era o segundo membro da lista e, com o falecimento do meu irmão, a de 3 dezembro de 2009, como secretário, assumi as funções”, conta ao Observador. A partir daí, José Araújo assumiu o legado familiar e concorreu às eleições de 2013 e de 2017. Venceu ambas mas, nas autárquicas de há quatro anos, a margem para a oposição diminuiu (conseguiu 56,09% dos votos). Conclusão Ambas as alegações são verdadeiras: o PSD venceu todas as eleições na freguesia de Balasar, desde que se realizaram as primeiras eleições para o poder local em democracia (Carlos Guimarães Pinto refere o ano de 1975 mas as primeiras autárquicas aconteceram a 12 de dezembro de 1976) e foi sempre a mesma família a assumir os comandos, entre pai (Armindo Araújo), o filho mais velho (Lino Araújo) e o filho mais novo (José Araújo). Assim, segundo a escala de classificação do Observador, este conteúdo está: CERTO No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é: VERDADEIRO: conteúdos que não contenham informações incorretas ou enganosas.
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