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| - “Negócio Papal: se o Palco de 5000m2 passou para 3250m² e baixou de 4,2 milhões de euros para 2,9 milhões de euros, o custo aumentou de 840 para 892 euros por m²”, denuncia-se num post de 11 de fevereiro, partilhado no Facebook logo após ser conhecida a redução dos custos no Altar que vai receber o Papa já em agosto, na Jornada Mundial da Juventude.
O contrato inicial, publicado a 13 de janeiro no Portal Base, visava a “empreitada de construção do Altar-Palco no Parque Tejo-Trancão, no âmbito do evento Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023” e resultava num ajuste direto de 4,24 milhões de euros, pagos à Mota Engil pela Lisboa Ocidental SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana). Com outros custos, o Altar-Palco ascendia aos quase seis milhões de euros, um valor que acabou por ser criticado por entidades ligadas ao evento e até pela Presidência da República.
Agora, e depois de semanas de polémica, a infraestrutura vai custar menos 30%, ou seja, 2,9 milhões de euros, uma poupança de mais de um milhão de euros ao erário público. Em conferência de imprensa, no passado dia 10, sobre as alterações, Carlos Moedas anunciou que o corte foi possível devido à “redução substancial da altura do palco de nove metros para quatro metros e da redução no número de pessoas no palco, que passa de 2.000 para 1.240 pessoas”.
Assim, “reduz-se a área de implementação, que passa de 5.000 para 3.250 metros quadrados”. O que reduz também é a visibilidade de cerca de 30 mil pessoas, argumentou o autarca de Lisboa, que alertou para a possibilidade de a mudança na altura do palco ter “impacto na visibilidade do Papa”.
Contas feitas, o metro quadrado do palco inicial custava sensivelmente 848 euros. Com o novo orçamento, passa a custar 892 euros, ou seja, mais 44 euros do que o preço previsto. Ignorando alguns arredondamentos, o post em análise difunde informação maioritariamente verdadeira.
Ainda assim, é inegável que estes são cálculos altamente simplistas e que não têm em conta outras componentes, como custos fixos que não variam mediante a dimensão da infraestrutura. Por esse motivo, avaliamos a publicação como “Verdadeiro, mas…”
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Avaliação do Polígrafo:
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