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| - “É importante ficar atenta ao que se passa ao nosso redor. Até porque se a casa do vizinho estiver a arder, a minha corre o risco de pegar fogo”, destaca-se numa publicação de Facebook, datada de 8 de dezembro. Conta-se a história da atleta paraolímpica e militar aposentada Christine Gauthier, de 52 anos, que alega que “um funcionário do departamento de Assuntos de Veteranos do Canadá (VA) lhe ofereceu um kit de suicídio depois de ter reclamado sobre o atraso na instalação de um elevador para cadeiras de rodas na sua casa”.
No post, é partilhada uma ligação para um site religioso que apresenta o caso de Gauthier da seguinte forma: “Canadá oferece eutanásia a mulher deficiente que pediu elevador de cadeira de rodas.”
Christine Gauthier é uma uma ex-combatente e atleta paralímpica, que competiu nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro de 2016. Tal como noticiado no início deste mês pelo “Independent” e pela “CBS“, estava há cinco anos a requisitar um subsídio público para que lhe fosse instalado um elevador de cadeira de rodas em casa, uma vez que se desloca através deste meio.
“Tenho uma carta a dizer: ‘se você está tão desesperada, senhora, podemos lhe oferecer MAID, assistência médica para morrer'”, afirmou Gauthier, quando foi chamada ao comité de Assuntos de Veteranos da Câmara dos Comuns do Canadá. Ou seja, o assistente social da entidade responsável pela atribuição do subsídio ofereceu-se, por escrito, para fornecer um dispositivo de morte assistida à canadiana, segundo alega a mesma.
A ex-militar escreveu sobre o seu caso ao primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que reagiu ao sucedido. “Estamos a acompanhar as investigações e a alterar os protocolos para garantir o que deveria parecer óbvio para todos nós: que não é o local do Veterans Affairs Canada, que deveriam estar lá para apoiar as pessoas que se apresentaram para servir o seu país, para oferecer-lhes assistência médica na morte”, disse o chefe do Governo.
Mais tarde, o ministro responsável pela pasta dos veteranos de guerra, Lawrence MacAulay, informou que uma investigação interna resultou na descoberta de casos semelhantes. Um funcionário do departamento teria aconselhado inadequadamente até quatro veteranos sobre a possibilidade de terminarem as suas vidas com a ajuda de um médico. O caso foi encaminhado para as autoridades competentes.
Em suma, a informação apresentada na publicação é, na generalidade, verdadeira. No entanto, algumas das informações relacionadas com o caso são omitidas.
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Avaliação do Polígrafo:
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